DA FOLHA ONLINE

Os acionistas da petrolífera americana Unocal aprovaram ontem, em caráter preliminar, a oferta de compra feita pela rival Chevron. O negócio está estimado em US$ 17,1 bilhões, mas o valor final não foi divulgado.
Mais de 77% dos acionistas da Unocal votaram a favor da oferta de compra. O grupo que surgirá com a fusão será o quarto maior do mundo em produção de petróleo e gás natural.

A Unocal foi objeto de disputa até a semana passada entre a Chevron e a petrolífera chinesa CNOOC, que retirou sua oferta de US$ 18,5 bilhões pela empresa.
A maioria dos acionistas da Unocal optou por aceitar a oferta da Chevron na forma de US$ 69 em dinheiro por ação.
A CNOOC disse na semana passada que "o ambiente político nos Estados Unidos" a levou a retirar a oferta. "A oposição política sem precedentes que se seguiu ao anúncio de nossa proposta de negócio foi lamentável e injustificada (...) Esse é o caso especialmente se visto à luz dos objetivos puramente comerciais da CNOOC e dos compromissos que a empresa estava preparada para fazer para responder a qualquer preocupação legítima que os Estados Unidos pudessem ter a respeito de nossa aquisição", disse a empresa em comunicado.
Congressistas norte-americanos se opuseram fortemente à venda da Unocal aos chineses, dizendo que isso poderia pôr em risco o abastecimento do mercado americano.
A Chevron é a segunda maior companhia petrolífera dos Estados Unidos, atrás apenas da Exxon Mobil. Analistas do setor petrolífero estimaram que a CNOOC levaria de seis a nove meses para lidar com o cipoal de regulamentações e entraves políticos nos Estados Unidos e na China, sem nem mesmo a garantia de que o negócio pudesse ser concluído.