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SAIBA MAIS
Novo índice exclui efeitos típicos da estação
DA REDAÇÃO
A inflação sofre a pressão dos
fatores sazonais durante todo o
ano, mas maio e agosto são os
períodos de maior presença
desses efeitos. É o que mostra
um novo índice que a Fipe passa a divulgar a partir desta semana. Retroativo a 1999, o índice retira os efeitos da sazonalidade registrada mensalmente
na inflação. Paulo Picchetti diz
que três fatores foram decisivos
para a Fipe optar pelo início do
índice em 1999: a adoção do
câmbio livre, o início do programa de metas de inflação e a
consolidação das privatizações.
"Esse é o primeiro índice a
mostrar a inflação sem os efeitos sazonais no país. Ele é importante porque, a partir de
agora, dá para acompanhar
apenas os efeitos da política
monetária, dos choques de
oferta e da própria variação sistemática da inflação no índice."
O novo índice da Fipe mostra
que só os efeitos sazonais são
responsáveis por uma inflação
de 0,38%, em média, nos meses
de agosto. O índice deste mês já
mostra a pressão das tarifas, e o
peso do efeito sazonal já começa a ficar evidente.
O índice de inflação da Fipe
para a primeira quadrissemana
deste mês foi de 0,19%. O índice
que retira os efeitos sazonais
indica inflação de apenas
0,04% no período.
Na outra ponta, o mês de
maio é o que registra a maior
taxa de deflação, devido aos fatores sazonais, principalmente
por causa do barateamento dos
alimentos no período da safra.
Nos meses de maio, os fatores
sazonais mostram deflação
média de 0,42%.
Em maio passado, o índice
normal (incluindo os efeitos
sazonais) da Fipe registrou inflação de 0,35%. Sem a participação desses efeitos, a taxa teria
sido de 0,77%.
(MZ)
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