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TRABALHO
Campanha da categoria reivindica participação maior nos lucros obtidos pelos bancos e um aumento real de 5,75%
Bancários exigirão reajuste salarial de 12%
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os bancários de São Paulo vão
às ruas hoje para marcar a entrega
da pauta de sua campanha salarial
à Fenaban (Federação Nacional
dos Bancos). Com os slogans
"Vamos conquistar essa primavera" e "Banqueiro não é flor que se
cheire", os funcionários vão entregar flores aos clientes das principais agências da região central
de São Paulo, enquanto pedem
reajuste salarial 11,77%.
Nesse índice de reajuste estão
incluídos reposição da inflação de
5,69% -considerando inflação
projetada pelo ICV (Índice de
Custo de Vida) medido pelo Dieese- e aumento real de 5,75%.
A pauta dos bancários inclui
cem itens -entre eles estão ainda
PLR (Participação nos Lucros e
Resultados) equivalente a um salário do funcionário mais um valor fixo de R$ 788 acrescidos de
5% do lucro líquido distribuídos
de forma linear entre os funcionários. Em 2004, o valor recebido de
PLR pelos funcionários foi de R$
700 fixos mais 80% do salário.
Os bancários também pedem
valorização dos pisos da categoria, garantia de emprego e novas
conquistas -como o 14º salário e
o 13º como cesta-alimentação e
proteção salarial. O reajuste, nesse caso, seria automático sempre
que a inflação atingir 3%.
"A campanha vai ganhar as
ruas. Os bancários vão contar
com o apoio da sociedade para
exigir dos banqueiros que distribuam parte do que ganham pagando melhores salários, contratando mais trabalhadores e melhorando serviços aos clientes",
diz o presidente do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, Osasco e
região, Luiz Cláudio Marcolino.
BC
Funcionários do Banco Central
fizeram ontem uma paralisação
parcial nas dez cidades em que o
BC mantém escritórios. Reunidos
em assembléias, os servidores
marcaram para o próximo dia 18
uma paralisação de 24 horas.
Os funcionários reivindicam a
retomada das negociações salariais, interrompidas desde junho.
Segundo o Sinal (sindicato dos
funcionários do banco), os servidores pedem 53% de reajuste,
além de uma reestruturação no
plano de carreira da categoria.
Desde que a proposta foi apresentada, diz o sindicato, nenhuma
resposta foi dada pelo governo.
Ontem, a paralisação foi parcial:
ocorreu pela manhã em algumas
cidades e à tarde em outras.
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