MARCELO PINHO
ENVIADO ESPECIAL À FINLÂNDIA

Países emergentes como Brasil, China e Rússia são o foco da expansão da Stora Enso, fabricante de papel e celulose de origem sueco-finlandesa, nos próximos anos. Sócia da Aracruz na fábrica de celulose Veracel, a ser inaugurada em setembro, a empresa pretende investir também no mercado brasileiro de papel.
Segundo o executivo-chefe da empresa, o finlandês Jukkä Härmälä, para entrar no mercado interno de papel não está descartada a compra de uma operação já em funcionamento. Porém, caso isso não seja viável, a opção será construir uma nova fábrica. "O problema é que os ativos brasileiros estão muito caros. Quando tentamos comprar alguma fábrica, o preço sobe", disse.
Especula-se que a empresa tenha interesse pela fábrica da Inpacel, no Paraná, da americana International Paper (IP), que recentemente informou o desejo de vendê-la como parte dos planos de reestruturação mundial da IP.
O presidente da Stora Enso no Brasil, Nils Grafström, no entanto, desconversa quando questionado sobre o interesse. "Nós ainda não fomos procurados por eles [International Paper]."
Härmälä diz que a crise política não afeta os planos para o Brasil. Segundo ele, há outros países em que a empresa opera nos quais a corrupção é um problema muito maior, como a Rússia.