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Mercado Aberto
Guilherme Barros - guilhermebarros@uol.com.br
Ipea deve reduzir previsão para o PIB
Apesar do otimismo no mercado, a recuperação da economia em julho pode ser menor
do que o esperado. Os primeiros sinais são que o crescimento da indústria não foi tão forte
quanto se imaginava.
De acordo com o economista
Fábio Giambiagi, do Ipea, o
crescimento ainda está morno.
"Está difícil de engatar a quarta
marcha", diz o economista. O
Ipea está revendo suas estimativas para o crescimento do PIB
neste ano, e já está claro que o
novo número não deverá ser
maior do que os 3,8% da previsão anterior.
Segundo Giambiagi, a revisão
do crescimento do PIB ou manterá os 3,8% ou sofrerá uma pequena queda. "Dificilmente o
número irá subir para 4%", diz
o economista.
A revisão provavelmente para baixo das estimativas de
crescimento do PIB se deve
principalmente ao recuo da
produção industrial no mês
passado, de 1,7% em relação a
maio, uma queda acima das expectativas, mesmo levando em
conta o já esperado efeito Copa
do Mundo.
Em razão de junho ter sido
um mês atípico, Giambiagi diz
que, para medir com mais precisão o pulso da economia, o
melhor será comparar o resultado da produção industrial de
julho com maio.
Em relação a junho, já que se
trata de um mês atípico, será
natural o crescimento da produção em julho. Indicadores
preliminares, por exemplo,
mostram que a indústria automobilística cresceu 3% no mês
passado em relação a junho,
mas apenas 0,6% em comparação a maio.
Ao analisar os dados da produção industrial regional, o Iedi constata que esses dados revelam que o desempenho modestos da indústria no primeiro
semestre foi concentrado em
poucos setores e continua vulnerável, seja a uma mudança de
humor no cenário internacional ou seja à desaceleração do
consumo. Por isso, o Iedi considera fundamental a manutenção da política de redução dos
juros, ações para baixar o
spread e um câmbio competitivo para a indústria crescer entre 5% e 6%.
URSINHO JURÍDICO
O empresário Felício Borzani fez de um ursinho de pelúcia
um negócio para pessoa jurídica. A idéia veio do modelo de
sucesso americano Build-A-Bear, que tem como grande atrativo deixar que as crianças escolham e criem seus bichinhos
de pelúcia com especificidades. Com sua Happy Town, Borzani expande a idéia. "Estamos fechando parcerias com empresas interessadas em presentear seus clientes", diz o empresário, que oferecerá ursinhos com vestidos brancos para
uma casa especializada em casamentos. "Nossa grande diferença em relação aos EUA é que, em vez de crianças, queremos atingir adultos e empresas." A expectativa é abrir cem
franquias da Happy Town em cinco anos.
PODER FEMININO
Pela primeira vez desde sua criação, há 40 anos, a Embratur será presidida por uma mulher. A historiadora
Jeanine Pires, 40, atual diretora de Turismo de Negócios
e Eventos do órgão, assume o cargo na próxima terça-feira. Segundo ela, o fato de a instituição ter uma presidente
mulher é muito significativo. "Isso reflete um amadurecimento do turismo no setor público", afirma. Como prioridade da gestão, a executiva destaca as metas definidas para o plano nacional de turismo 2003-2007, focado em turistas internacionais. "Em 2007, esperamos receber 9 milhões de estrangeiros e gerar US$ 8 bilhões."
JABUTI
O advogado Eduardo Matias, sócio da L.O.Baptista
Advogados, doutor em direito internacional pela USP e
mestre pela Universidade de
Paris, recebeu o prêmio Jabuti de economia por "A Humanidade e suas Fronteiras
- do Estado Soberano à Sociedade Global" (editora Paz
e Terra). No livro, Matias
discute, principalmente,
globalização, comércio exterior e segurança jurídica.
BANDEIRA BRANCA
Demian Fiocca, presidente do BNDES, almoçou na
quarta com Carlos Lessa, ex-presidente do banco. Apesar
de os dois jurarem que foi
um almoço de caráter pessoal, o encontro foi, na verdade, uma tentativa de reaproximação de Lula com
Lessa. Desde que se afastou
do PMDB, Lessa passou a
apoiar a candidatura de Heloísa Helena. O programa
econômico de HH é dele.
PAPEL PREMIADO
A Suzano lança, neste
mês, campanha de incentivo
para 22 distribuidores do
mercado gráfico. O investimento é de R$ 800 mil e prevê distribuição de R$ 200
mil em prêmios.
DE SAÍDA
Vicenzo Dragone está deixando o cargo de presidente
da Computer Associates do
Brasil e da América Latina.
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