São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 2006

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Mercado Aberto

Guilherme Barros - guilhermebarros@uol.com.br

Ipea deve reduzir previsão para o PIB

Apesar do otimismo no mercado, a recuperação da economia em julho pode ser menor do que o esperado. Os primeiros sinais são que o crescimento da indústria não foi tão forte quanto se imaginava.
De acordo com o economista Fábio Giambiagi, do Ipea, o crescimento ainda está morno. "Está difícil de engatar a quarta marcha", diz o economista. O Ipea está revendo suas estimativas para o crescimento do PIB neste ano, e já está claro que o novo número não deverá ser maior do que os 3,8% da previsão anterior.
Segundo Giambiagi, a revisão do crescimento do PIB ou manterá os 3,8% ou sofrerá uma pequena queda. "Dificilmente o número irá subir para 4%", diz o economista.
A revisão provavelmente para baixo das estimativas de crescimento do PIB se deve principalmente ao recuo da produção industrial no mês passado, de 1,7% em relação a maio, uma queda acima das expectativas, mesmo levando em conta o já esperado efeito Copa do Mundo.
Em razão de junho ter sido um mês atípico, Giambiagi diz que, para medir com mais precisão o pulso da economia, o melhor será comparar o resultado da produção industrial de julho com maio.
Em relação a junho, já que se trata de um mês atípico, será natural o crescimento da produção em julho. Indicadores preliminares, por exemplo, mostram que a indústria automobilística cresceu 3% no mês passado em relação a junho, mas apenas 0,6% em comparação a maio.
Ao analisar os dados da produção industrial regional, o Iedi constata que esses dados revelam que o desempenho modestos da indústria no primeiro semestre foi concentrado em poucos setores e continua vulnerável, seja a uma mudança de humor no cenário internacional ou seja à desaceleração do consumo. Por isso, o Iedi considera fundamental a manutenção da política de redução dos juros, ações para baixar o spread e um câmbio competitivo para a indústria crescer entre 5% e 6%.

URSINHO JURÍDICO
O empresário Felício Borzani fez de um ursinho de pelúcia um negócio para pessoa jurídica. A idéia veio do modelo de sucesso americano Build-A-Bear, que tem como grande atrativo deixar que as crianças escolham e criem seus bichinhos de pelúcia com especificidades. Com sua Happy Town, Borzani expande a idéia. "Estamos fechando parcerias com empresas interessadas em presentear seus clientes", diz o empresário, que oferecerá ursinhos com vestidos brancos para uma casa especializada em casamentos. "Nossa grande diferença em relação aos EUA é que, em vez de crianças, queremos atingir adultos e empresas." A expectativa é abrir cem franquias da Happy Town em cinco anos.

PODER FEMININO
Pela primeira vez desde sua criação, há 40 anos, a Embratur será presidida por uma mulher. A historiadora Jeanine Pires, 40, atual diretora de Turismo de Negócios e Eventos do órgão, assume o cargo na próxima terça-feira. Segundo ela, o fato de a instituição ter uma presidente mulher é muito significativo. "Isso reflete um amadurecimento do turismo no setor público", afirma. Como prioridade da gestão, a executiva destaca as metas definidas para o plano nacional de turismo 2003-2007, focado em turistas internacionais. "Em 2007, esperamos receber 9 milhões de estrangeiros e gerar US$ 8 bilhões."

JABUTI
O advogado Eduardo Matias, sócio da L.O.Baptista Advogados, doutor em direito internacional pela USP e mestre pela Universidade de Paris, recebeu o prêmio Jabuti de economia por "A Humanidade e suas Fronteiras - do Estado Soberano à Sociedade Global" (editora Paz e Terra). No livro, Matias discute, principalmente, globalização, comércio exterior e segurança jurídica.

BANDEIRA BRANCA
Demian Fiocca, presidente do BNDES, almoçou na quarta com Carlos Lessa, ex-presidente do banco. Apesar de os dois jurarem que foi um almoço de caráter pessoal, o encontro foi, na verdade, uma tentativa de reaproximação de Lula com Lessa. Desde que se afastou do PMDB, Lessa passou a apoiar a candidatura de Heloísa Helena. O programa econômico de HH é dele.

PAPEL PREMIADO
A Suzano lança, neste mês, campanha de incentivo para 22 distribuidores do mercado gráfico. O investimento é de R$ 800 mil e prevê distribuição de R$ 200 mil em prêmios.

DE SAÍDA
Vicenzo Dragone está deixando o cargo de presidente da Computer Associates do Brasil e da América Latina.


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