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Blitz contra comércio ilegal encontra lojas fechadas na avenida Paulista
Após oito meses, Receita e Fazenda voltam a shopping e apreendem mercadorias
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Fiscais da Receita Federal e
da Secretaria da Fazenda paulista voltaram ontem ao Stand
Center, shopping da avenida
Paulista, para inibir a venda de
mercadorias ilegais e encontraram apenas 30% dos 200 boxes
instalados no local abertos.
Para os fiscais, o fato de os
boxes estarem fechados mostra
que há "fortes indícios" de que
mercadorias contrabandeadas
ou pirateadas continuam sendo
vendidas. Eles suspeitam de
que a fiscalização realizada na
rua Santa Ifigênia (centro de
SP) no início da semana, durante a operação Ventania, tenha
assustado os comerciantes.
Há oito meses, o estabelecimento foi alvo de uma megablitz com 700 agentes do fisco e
da Polícia Federal e chegou a
ser fechado pela Prefeitura de
São Paulo. Na ocasião, 1.355 sacos (de 100 litros cada um) foram recolhidos de 133 boxes.
Mais tímida ontem, a ação
contou com 25 agentes da Fazenda, 20 da Receita Federal,
30 policiais militares, 18 guardas civis, além de cinco agentes
do Contru (Departamento do
Controle do Uso de Imóveis).
Durante a operação, foi
apreendido um veículo Citroën
Xsara, que transportava produtos eletroeletrônicos (câmeras
fotográficas digitais, aparelhos
de Ipod e itens de informática)
sem nota fiscal. O carro tentava
deixar o local quando a ação foi
iniciada, por volta das 12h30.
Todos os veículos do prédio foram revistados.
Consumidores também foram abordados na saída do
shopping e tinham suas mercadorias vistoriadas -os produtos sem documentação foram
recolhidos. No total, foram
confiscados cerca de 30 sacos
(de 100 litros) de produtos.
Para a blitz, haviam sido escolhidos inicialmente dez boxes que comercializavam bolsas falsificadas, produtos eletrônicos sem comprovação de
procedência e CDs piratas.
Desses, apenas dois foram vistoriados -estavam sem alvará
de funcionamento, segundo informou a prefeitura. Se em cinco dias não apresentarem a licença, serão multados.
"Nas mercadorias nacionais
que eram vendidas nos boxes,
não encontramos problemas,
sinal de que caminhamos para
a regularização", disse Antonio
Carlos de Moura Campos, diretor-adjunto da Diretoria Executiva da Administração Tributária da Fazenda paulista. "Mas
o fato de a maior parte dos boxes estar fechada mostra também que ainda há muitos problemas no comércio que se pratica aqui." Procurada pela Folha, a administração do shopping não quis se pronunciar.
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