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Lucro da Usiminas melhora, mas 1º semestre é pior que o de 2005
Grupo tem ganho de R$ 1 bi de janeiro a junho, 42% menor que no ano passado
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O Sistema Usiminas anunciou ontem lucro líquido de R$
1,049 bilhão no primeiro semestre de 2006, confirmando a
recuperação das vendas no setor siderúrgico a partir do segundo trimestre do ano. Em
março, abril e maio passados, o
lucro líquido do grupo (Usiminas e Cosipa) somou R$ 704
milhões, 104% maior do que no
trimestre anterior.
Mas o resultado ruim do início do ano fez com que, na comparação com o primeiro semestre de 2005, o lucro semestral
do grupo caísse 42%. A receita
líquida de R$ 6 bilhões no último semestre foi 13,6% inferior
à alcançada no 1º semestre de
2005. Além dos preços menores no primeiro trimestre, o
real forte afetou os balanços.
Outras duas grandes indústrias do setor siderúrgico, Gerdau e Arcelor Brasil, também
acumularam lucros líquidos
maiores a partir do segundo trimestre deste ano. O motivo
principal é a recuperação dos
preços internacionais do aço,
revertendo a trajetória de queda de 2005.
Os preços no mercado internacional continuam aumentado e, segundo análise da Usiminas, só no último trimestre devem se estabilizar. Isso deverá
garantir bons resultados ao final do ano. O mercado interno
também tem contribuído para
o incremento dos faturamentos e lucros das siderúrgicas.
"De modo geral, o mercado
interno de aços planos, ao contrário do que se verificou no
ano de 2005, está apresentando
uma evolução sustentada ao
longo deste ano, o que permite
ao Sistema Usiminas vislumbrar um fechamento positivo
para a demanda de 2006 em
comparação com a do ano anterior", informou o grupo.
"Os níveis de estoques, que
permaneciam altos em 2005, já
se normalizaram e apontam
agora para o crescimento constante dos volumes de vendas
das usinas."
Com crescimento nas vendas
e os preços em alta, Rinaldo
Campos Soares, presidente do
Sistema Usiminas, disse que o
grupo está desenvolvendo um
"vigoroso plano de investimentos", para manter a liderança
no mercado interno do aço.
O grupo obteve Ebitda (o lucro antes de juros, impostos,
amortização e depreciação)
consolidada no último trimestre de R$ 1 bilhão-15% maior
do que no trimestre anterior.
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