São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 2006

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Exportação reduz déficit comercial nos EUA

Vendas externas registram alta devido à confiança maior na Europa e no Japão

Mesmo com queda de 0,3% em junho, a diferença entre exportações e importações foi de US$ 64,8 bilhões, a 5º maior da história


DA BLOOMBERG

O déficit comercial dos Estados Unidos recuou em junho para US$ 64,8 bilhões. A queda foi provocada pelo aumento das exportações, puxadas pela intensificação do crescimento econômico internacional e pela desvalorização do dólar.
O déficit recuou 0,3% na comparação com maio. O rombo em junho foi o quinto maior da história e o terceiro maior já registrado com a China.
Alguns parlamentares, especialmente os democratas, culpam as políticas cambiais chinesas pelo inchaço do déficit comercial e acusam o país asiático de manter o yuan artificialmente desvalorizado para estimular suas exportações.
Caso os números do primeiro semestre se repitam nos seis meses seguintes, os valores das importações devem superar os das exportações em US$ 768 bilhões até o final do ano.
No ano passado, o déficit americano foi de US$ 716,7 bilhões -um recorde, equivalente a 5,8% do PIB (Produto Interno Bruto).
As importações de carros e produtos de consumo pelos EUA, como aparelhos de TV e peças de vestuário, cresceram.
Na opinião de analistas, a aceleração do crescimento econômico da Europa e o aumento da confiança das empresas japonesas estão estimulando a demanda por bens de capital, como computadores, motores para aeronaves e maquinário.
As despesas dos EUA com a importação de petróleo, ao lado do apetite dos consumidores por produtos importados, podem dificultar, segundo analistas, uma melhora do déficit.
"Eu não considero que esteja ocorrendo um enfraquecimento suficiente na demanda interna [dos EUA] capaz de reduzir significativamente o déficit num futuro próximo", afirmou Jim O'Sullivan, economista do UBS Securities.
Ele disse, porém, que a tendência de alta do déficit deve ter chegado a seu final. "Os gastos estão recuando, e as exportações continuarão sólidas."


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