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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Emergentes têm desempenho melhor do que o 1º mundo
O comportamento de ontem
das Bolsas no mundo deu fortes
indicações de que a turbulência
no mercado financeiro está, pelo menos por enquanto, muito
concentrada nos países desenvolvidos, principalmente nos
europeus. As Bolsas do Brasil e
de outros países emergentes
caíram menos do que as da Europa.
Enquanto a Bovespa registrou uma queda de 1,48% e a
Bolsa de Buenos Aires caiu
1,65%, a de Londres registrou
uma baixa de 3,71%, e a de Paris, 3,1%.
"As Bolsas dos países desenvolvidos estão tendo o desempenho que os emergentes tiveram nas turbulências anteriores", diz Alex Agostini, economista da Austin Rating.
O pior desempenho das Bolsas do Primeiro Mundo é mais
um sinal de que essa turbulência no mercado financeiro tende a ficar mesmo localizada na
sua origem, que foi o mercado
americano de hipotecas imobiliárias de má qualidade, os chamados "subprime", e não contagie a economia real.
"O problema não é estrutural, e sim conjuntural", afirma
Agostini.
As Bolsas dos países europeus estão sofrendo mais porque muitos "hedge funds" de
bancos da região fizeram apostas pesadas no "subprime". Os
mercados dos países emergentes sofrem os efeitos indiretos
dessa turbulência. Mesmo assim, o risco-país dos emergentes, como o do Brasil, oscilou
pouco em relação à quinta.
Os mercados dos países
emergentes só não se comportaram melhor ontem por dois
motivos. Em primeiro lugar
porque ainda há muitas incertezas por parte dos investidores a respeito do tamanho da
turbulência financeira. Os números da inadimplência no
"subprime" não são conhecidos
e geram tensão do mercado,
apesar de não haver sinais de
contágio na economia real.
"O que houve até agora foi
um contágio normal de mercado financeiro",diz Zeina Latif,
economista do ABN Amro.
Outro motivo que gerou intranqüilidade ao mercado foi o
fato de, na semana que vem, estar prevista a divulgação de importantes indicadores da economia nos EUA. Se esses indicadores apresentarem resultados negativos, o mercado pode
voltar a viver mais um período
de turbulência.
SAÚDE PLÁSTICA
A Omint, de planos de saúde voltados para o segmento de
alta renda, acaba de lançar um produto com cobertura para
cirurgia plástica. O plano tem livre escolha de médicos e clínicas e prevê reembolso de até R$ 25 mil ao ano para todos
os procedimentos previstos pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. "O Brasil já é o segundo país no mundo em
cirurgias estéticas. Vimos uma oportunidade", diz Cícero
Barreto, diretor de marketing e vendas da companhia. O plano cobre também procedimentos odontológicos especiais,
como implantes e clareamento. Em 2006 a Omint faturou
R$ 344 milhões, volume 17% maior que o registrado em
2005. A companhia tem 71 mil vidas em carteira no país.
CAMINHOS
O economista Ernesto Lozardo lança seu novo livro,
"Globalização: A Certeza
Imprevisível das Nações"
(Ed. do Autor). Na obra, que
tem apresentação de Pedro
Malan, Lozardo traz idéias
sobre os caminhos da globalização, considerando o papel das multinacionais, dos
investimentos diretos estrangeiros e das políticas de
desenvolvimento das nações. O autor faz uma reflexão sobre o desenvolvimento dos emergentes.
VISITA
A Fiesp recebe, quarta, a
presidente da Agência Nacional de Desenvolvimento
de Investimentos da Argentina, Beatriz Nofal, provável
nome para ocupar a pasta de
economia, caso Cristina
Kirchner confirme seu favoritismo na eleição presidencial da Argentina, em outubro. Na pauta, a parceria na
produção de álcool, macroeconomia argentina e perspectivas para o Mercosul.
TRANSFORMAÇÃO
Guillermo Rishchynski,
embaixador do Canadá no
Brasil, visitou ontem o Projeto Águas Claras, da Vale do
Rio Doce, para recuperação
e transformação de uma
área minerada em um novo
centro urbano. O projeto, localizado em Minas Gerais,
tem o objetivo de gerar empregos, impostos, investimentos e renda na região,
depois de encerrada a reexploração do minério.
ATLETISMO
Abilio Diniz entregou R$
200 mil em premiações aos
atletas patrocinados pelo
Pão de Açúcar que ganharam medalhas no Pan no
Rio. Hudson de Souza (ouro), Juliana Paula dos Santos (ouro), Marilson Gomes
dos Santos (prata e bronze),
Maurren Maggi (ouro) e Roni Santos (bronze) participaram da reunião semanal
com a presença de 300 diretores e executivos do grupo.
CENTRO-OESTE
A IBG (Indústria Brasileira de Gases) incrementa
seus investimentos no Centro-Oeste. Com a injeção de
R$ 5 milhões, a empresa
inaugura mais uma fábrica
de gases do ar, desta vez no
município de Aparecida de
Goiânia, na Grande Goiânia.
A expectativa é aprimorar o
atendimento à carteira de
clientes no Estado de Goiás,
Brasília e no Triângulo Mineiro.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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