São Paulo, sábado, 11 de agosto de 2007

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ERNESTO LOZARDO

"BCs evitarão pânico no mercado"

"Não acredito em uma crise sistêmica. Os bancos centrais vão agir para que não haja pânico no mercado financeiro", aposta Ernesto Lozardo, professor da Escola de Administração de Empresas da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Segundo ele, essa ação não significa o socorro a bancos ou fundos que estejam insolventes. Passada a tormenta, algumas instituições vão fechar, em razão das perdas provocadas pelo mercado imobiliário norte-americano de alto risco (subprime), afirma Lozardo.
"Há dois anos se fala em risco de estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos", lembra o economista, que acaba de lançar o livro "Globalização - A Certeza Imprevisível das Nações". Na origem do problema, diz, está o alto grau de endividamento das famílias norte-americanos, que ronda os US$ 12 trilhões, valor quase equivalente ao PIB do país.
Com a alta da taxa de juros e o esgotamento da capacidade de endividamento, começaram as dificuldades para honrar os débitos. "Ao invés de sacrificar seu padrão de consumo, as famílias ficam inadimplentes, e a inadimplência começa na dívida mais cara, que é a "subprime" [de alto risco]." Para ele, a duração da crise dependerá do sucesso da ação dos BCs para reduzir a incerteza do mercado.


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