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MERCADO FINANCEIRO
Índice de papéis de energia elétrica acumula alta de 10,5% na semana; dólar recua para R$ 2,89
Ação de energia vira destaque na Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
O setor de energia elétrica é o
grande destaque da semana na
Bolsa de Valores de São Paulo. O
IEE, índice que acompanha 11
ações do setor, já acumula alta de
10,5% no período. No mês, o ganho é de 18,3%.
Enquanto isso, o Ibovespa,
principal índice da Bolsa paulista,
obteve ganho de apenas 0,5% nos
três pregões realizados nesta semana.
Analistas avaliam que o acordo
entre o BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico
e Social) e a AES para a renegociação da dívida da empresa chamou
a atenção dos investidores, que
passaram a apostar na possibilidade de haver solução para outras
empresas do setor com problemas de débitos.
Das cinco maiores altas do pregão de ontem, quatro foram de
ações do setor de energia elétrica.
As ações com direito a voto da
Light dispararam 15,6%. O papel
PNB da Celesc fechou com ganho
de 9,4%.
A Bovespa voltou a fechar em
alta, após o recuo de terça-feira.
Ontem, a Bolsa teve valorização
de 1,69%. O giro seguiu forte, com
mais de R$ 1 bilhão em negócios.
Com o dólar fraco, as exportadoras perderam. As ações preferenciais da VCP foram a maior
baixa do dia, com recuo de 2,3%.
O papel ON da Vale do Rio Doce
fechou com perdas de 1,3%, seguido pelas ações preferenciais da
Embraer, que caíram 1,2%.
O dólar encerrou as operações
abaixo dos R$ 2,90, o que não
ocorria desde o fim de julho. Com
recuo de 1,16%, a moeda norte-americana fechou a R$ 2,89. O ingresso recursos de recentes captações de fechadas no exterior segue
ajudando a fazer o dólar permanecer nos atuais patamares.
A primeira etapa do leilão de rolagem da dívida cambial vincenda, feita ontem pelo Banco Central, colaborou para a baixa do
dólar. O BC renovou 32% do US$
1,5 bilhão em papéis cambiais que
vencem na próxima semana. O
BC volta ao mercado hoje.
No mercado, cresce a especulação em torno da possibilidade de
o governo brasileiro aproveitar o
bom momento que vivem os ativos do país para realizar mais
uma emissão no exterior.
Ontem, os C-Bonds, papéis da
dívida do Brasil de maior negociação, subiram 0,82%, para US$
0,9188. O risco-país recuou 1,9%,
para 668 pontos.
(FABRICIO VIEIRA)
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