DO "AGORA"

Menos de 24 horas depois do anúncio de que a Petrobras aumentaria o preço dos combustíveis, a maioria dos postos já subiu o preço do litro da gasolina nas bombas, mesmo com estoque do derivado do petróleo. O "Agora" visitou ontem 50 estabelecimentos. Deles, 36 já haviam subido o preço do combustível.
A consulta foi feita em dez postos de cada uma das cinco regiões da capital (Centro, Zona Norte, Zona Sul, Zona Leste e Zona Oeste). O aumento médio da gasolina foi de R$ 0,20 por litro. O máximo encontrado foi de R$ 0,28 por litro e o mínimo, de R$ 0,008. Em 14 postos, o litro do combustível permaneceu sem alteração.
Mas, mesmo nos estabelecimentos que ainda não haviam reajustado preços, já há previsão de aumento, disseram funcionários consultados pelo "Agora".
Na sexta-feira, a Petrobras anunciou reajuste de 10% para o preço da gasolina e de 12% para o do diesel nas refinarias da empresa. Os preços dos combustíveis não subia há nove meses.
Os reajustes repassados ao consumidor nos postos de São Paulo consultados ontem estão dentro das projeções de analistas, que estimavam que o preço da gasolina na bomba deveria subir entre 7,5% e 9%.
O Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo), por exemplo, estimava que o aumento do litro de gasolina ficasse em 9% nas bombas.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo), até sexta, o valor da gasolina variava entre R$ 1,92 e R$ 2,50, com média de R$ 2,145. Assim, os aumentos devem variar, em média, entre R$ 0,17 por litro e R$ 0,22 por litro do combustível, dependendo dos preços praticados pelo posto antes de anunciado o aumento pela Petrobras. Os novos preços da refinaria passaram a ser praticados a partir da 0H do sábado.

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