São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2008

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Slim compra 6,4% das ações do "NYT"

Valor do negócio não é revelado, mas estima-se que chegue a US$ 123 milhões

Negócio ocorre no momento em que empresas dos EUA são alvo de estrangeiros, como a InBev, que adquiriu a cervejaria Anheuser-Busch

DA REDAÇÃO

O empresário mexicano Carlos Slim, o segundo homem mais rico do mundo segundo a "Forbes", comprou 6,4% das ações do The New York Times Company, empresa dona do jornal de mesmo nome e do "Boston Globe", entre outros.
Com o negócio, ele se torna o terceiro maior acionista do grupo, fora a família controladora Sulzberger.
O mexicano afirmou que a decisão de investir no "New York Times" foi "financeira" e não revelou o valor do negócio nem se pretende ampliar a sua participação. Estima-se, porém, que as ações adquiridas por Slim na semana passada valham cerca de US$ 123 milhões.
Ele tem um histórico de comprar ativos em baixa e revendê-los posteriormente com lucro. Vários analistas ouvidos em reportagem do próprio "The New York Times" disseram que pode ser o caso agora. O jornal vem enfrentando problemas, com a circulação e a receita com publicidade caindo, o que resultou em recente corte de funcionários. Apenas neste ano, as ações do grupo caíram 20,36%. Recentemente, dois fundos de hedge compraram participação na empresa.
Há, porém, analistas que afirmam que Slim pode ter interesse em ter voz na direção do jornal. "A questão é que os Sulzberger não querem ceder o controle", disse Richard Dorfman, diretor da empresa de investimento Richard Alan.
"É uma grande companhia, que tem hoje um valor atrativo", afirmou Arturo Elias Ayub, porta-voz do mexicano. "A porta está sempre aberta para avaliarmos se compraremos mais."
Essa é a segunda investida do bilionário no setor de mídia nos últimos meses. Em maio, ele comprou uma participação de cerca de 1% no Independent News & Media, que, entre outros, publica o jornal britânico "The Independent".
O negócio ocorre em um momento em que várias empresas dos EUA vêm sendo alvo de estrangeiros. Bancos como o Citigroup venderam participações expressivos para fundos de governos do Oriente Médio, e a belgo-brasileira InBev comprou a Anheuser-Busch.


Com agências internacionais


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