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Compulsório não volta ao nível de antes, diz Fraga
DA REUTERS
A retomada da atividade
econômica no país abre espaço para que os incentivos
do governo sejam gradualmente deixados de lado, mas
os depósitos compulsórios
não voltarão aos níveis anteriores à crise. A avaliação é
do presidente do Conselho
de Administração da
BMF&Bovespa e ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
"Não creio que o Brasil vá
voltar aos níveis de antes.
Acho que se entende que isso
[os níveis altos de compulsórios] era demais", disse Fraga
a jornalistas.
Ele avalia, porém, que o recolhimento obrigatório voltará a subir, atingindo patamares um pouco superiores
à média internacional.
Desde a intensificação da
crise global, em setembro do
ano passado, o nível de depósitos compulsórios, dinheiro
que os bancos são obrigados
a recolher aos cofres do Banco Central, foi baixado seguidas vezes como meio de irrigar o sistema financeiro e
melhorar a oferta de crédito
na economia.
Segundo o BC, foram liberados cerca de R$ 100 bilhões no sistema.
Para Fraga, a crise mostrou a eficácia desse instrumento como um colchão de
liquidez que poderia ser utilizado em momentos de necessidade.
Ele também avaliou que,
devido à combinação de variáveis positivas da economia, a tendência é que a taxa
de juros siga caindo.
O ex-presidente do BC disse ainda que o país deve crescer mais que 4% em 2010.
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