São Paulo, sexta-feira, 11 de setembro de 2009

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Compulsório não volta ao nível de antes, diz Fraga

DA REUTERS

A retomada da atividade econômica no país abre espaço para que os incentivos do governo sejam gradualmente deixados de lado, mas os depósitos compulsórios não voltarão aos níveis anteriores à crise. A avaliação é do presidente do Conselho de Administração da BMF&Bovespa e ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
"Não creio que o Brasil vá voltar aos níveis de antes. Acho que se entende que isso [os níveis altos de compulsórios] era demais", disse Fraga a jornalistas.
Ele avalia, porém, que o recolhimento obrigatório voltará a subir, atingindo patamares um pouco superiores à média internacional.
Desde a intensificação da crise global, em setembro do ano passado, o nível de depósitos compulsórios, dinheiro que os bancos são obrigados a recolher aos cofres do Banco Central, foi baixado seguidas vezes como meio de irrigar o sistema financeiro e melhorar a oferta de crédito na economia.
Segundo o BC, foram liberados cerca de R$ 100 bilhões no sistema.
Para Fraga, a crise mostrou a eficácia desse instrumento como um colchão de liquidez que poderia ser utilizado em momentos de necessidade.
Ele também avaliou que, devido à combinação de variáveis positivas da economia, a tendência é que a taxa de juros siga caindo.
O ex-presidente do BC disse ainda que o país deve crescer mais que 4% em 2010.


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