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Fundos conturbam agronegócio
DA REDAÇÃO
Administrar custos nas indústrias que dependem de produtos
agrícolas era mais fácil até há poucos anos. Com os dados de estoques iniciais de cada produto,
mais as previsões de safra e de
consumo mundiais, previa-se os
preços para os próximos meses.
Um novo componente foi adicionado nos últimos anos nesse
mercado: a participação dos fundos de investimento. Com a crise
mundial e o baixo movimento nas
Bolsas, os fundos de investimento
direcionaram grande volume de
dinheiro para o mercado de commodities agrícolas.
A cada entrada ou saída desses
fundos nesse mercado os preços
sofrem oscilação, comprometendo os orçamentos das indústrias
consumidoras de matéria-prima.
Quando o mercado acionário
está em alta, os fundos vendem
suas ações e aplicam o dinheiro
no mercado agrícola, pressionando os preços. Se as ações estão baratas, eles saem do mercado agrícola, derrubando os preços.
A participação dos fundos no
mercado agrícola poderia ser salutar para estimular as negociações no setor. O volume de dinheiro dessas instituições, no entanto, é muito grande em relação
ao mercado de commodities, o
que desestabiliza os preços.
O comportamento do trigo
mostra os efeitos dessa participação dos fundos. Há algumas semanas, os preços atingiram US$
4,30 por bushel (27,2 quilos) e já
caíram para US$ 3,70 em Chicago, mesmo com o cenário de oferta mundial tendo se complicado
ainda mais no período.
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