São Paulo, quinta-feira, 11 de outubro de 2007

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Ações de concessionárias têm queda

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

As ações das concessionárias de rodovias estiveram entre os destaques negativos do pregão da Bolsa de Valores de São Paulo de ontem. Quedas expressivas afetaram os papéis de CCR Rodovias e OHL Brasil pelo segundo pregão consecutivo.
As ações ON (ordinárias) da CCR Rodovias, que não levou nenhum dos trechos de rodovias leiloados na terça, despencaram 6,99% ontem. Considerando os negócios de terça-feira e ontem, os papéis da CCR acumularam perdas de 13,66%.
No caso dos papéis da OHL Brasil, que foi a grande vencedora do leilão, as perdas foram ainda maiores ontem, de 8,41%. Nos últimos dois dias, a queda alcançou os 11,40%. A avaliação de profissionais do mercado é a de que investidores se mostraram descontentes com os reflexos que pode ter nos balanços da empresa o fato de ter aceito cobrar pedágios mais baixos para levar as concessões.
Já a alta das ações da Petrobras não evitou que a Bolsa de Valores de São Paulo recuasse ontem. Todavia a queda da Bovespa, de 0,55%, foi pequena se comparada aos ganhos acumulados nas últimas semanas. No ano, a Bolsa tem alta de 42,1%.
O cenário nos EUA não foi diferente. Por lá, investidores também acabaram por se desfazer de ações que têm subido a níveis elevados -o índice Dow Jones quebrou recorde nesta semana- para embolsar os lucros. O Dow Jones, que representa os papéis mais negociados, recuou 0,61% ontem.
Na terça, as Bolsas haviam registrado recordes de pontuação, aqui e nos EUA. Nesses momentos, não é difícil ocorrer quedas motivadas por investidores satisfeitos com as altas.
Analistas financeiros lembram que esses momentos de recorde demandam maior cautela do investidor, especialmente o que está fora do mercado acionário e deseja entrar.
As ações da Petrobras se destacaram e subiram 3,18% (PN) e 2,89% (ON), além de representarem 20% das operações feitas ontem.
O dólar ameaçou mais uma vez romper, para baixo, a marca de R$ 1,80. Demonstrando estar incomodado com a moeda americana cotada abaixo desse nível, o Banco Central interveio pelo terceiro dia seguido e ajudou a evitar que o real se apreciasse. Após cravar R$ 1,80 na mínima do dia -menor cotação desde agosto de 2000 -, o dólar terminou vendido a R$ 1,804, em alta de 0,11%.
O que se discute no mercado de câmbio agora é se o Banco Central irá voltar a agir com a regularidade mantida até meados de agosto, quando suspendeu seus leilões de compra de moeda, ou se irá passar a intervir de forma mais pontual.
Nas intervenções que fez nesta semana, o BC adquiriu lotes pequenos -não mais que US$ 90 milhões por dia, segundo estimativas do mercado. Até o começo de agosto, a entidade vinha comprando em um ritmo mais forte, que chegava a US$ 500 milhões por dia.


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