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Ações de concessionárias têm queda
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações das concessionárias de rodovias estiveram
entre os destaques negativos
do pregão da Bolsa de Valores de São Paulo de ontem.
Quedas expressivas afetaram os papéis de CCR Rodovias e OHL Brasil pelo segundo pregão consecutivo.
As ações ON (ordinárias)
da CCR Rodovias, que não levou nenhum dos trechos de
rodovias leiloados na terça,
despencaram 6,99% ontem.
Considerando os negócios de
terça-feira e ontem, os papéis da CCR acumularam
perdas de 13,66%.
No caso dos papéis da OHL
Brasil, que foi a grande vencedora do leilão, as perdas foram ainda maiores ontem, de
8,41%. Nos últimos dois dias,
a queda alcançou os 11,40%.
A avaliação de profissionais
do mercado é a de que investidores se mostraram descontentes com os reflexos
que pode ter nos balanços da
empresa o fato de ter aceito
cobrar pedágios mais baixos
para levar as concessões.
Já a alta das ações da Petrobras não evitou que a Bolsa de Valores de São Paulo
recuasse ontem. Todavia a
queda da Bovespa, de 0,55%,
foi pequena se comparada
aos ganhos acumulados nas
últimas semanas. No ano, a
Bolsa tem alta de 42,1%.
O cenário nos EUA não foi
diferente. Por lá, investidores também acabaram por se
desfazer de ações que têm
subido a níveis elevados -o
índice Dow Jones quebrou
recorde nesta semana- para
embolsar os lucros. O Dow
Jones, que representa os papéis mais negociados, recuou
0,61% ontem.
Na terça, as Bolsas haviam
registrado recordes de pontuação, aqui e nos EUA. Nesses momentos, não é difícil
ocorrer quedas motivadas
por investidores satisfeitos
com as altas.
Analistas financeiros lembram que esses momentos
de recorde demandam maior
cautela do investidor, especialmente o que está fora do
mercado acionário e deseja
entrar.
As ações da Petrobras se
destacaram e subiram 3,18%
(PN) e 2,89% (ON), além de
representarem 20% das operações feitas ontem.
O dólar ameaçou mais
uma vez romper, para baixo,
a marca de R$ 1,80. Demonstrando estar incomodado
com a moeda americana cotada abaixo desse nível, o
Banco Central interveio pelo
terceiro dia seguido e ajudou
a evitar que o real se apreciasse. Após cravar R$ 1,80
na mínima do dia -menor
cotação desde agosto de
2000 -, o dólar terminou
vendido a R$ 1,804, em alta
de 0,11%.
O que se discute no mercado de câmbio agora é se o
Banco Central irá voltar a
agir com a regularidade
mantida até meados de agosto, quando suspendeu seus
leilões de compra de moeda,
ou se irá passar a intervir de
forma mais pontual.
Nas intervenções que fez
nesta semana, o BC adquiriu
lotes pequenos -não mais
que US$ 90 milhões por dia,
segundo estimativas do mercado. Até o começo de agosto, a entidade vinha comprando em um ritmo mais
forte, que chegava a US$ 500
milhões por dia.
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