São Paulo, quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Quatro empresas da OHL não cumpriram metas

Rodovias geridas por elas ficaram acima do índice de mortes em metade das medições

Agência reguladora não pune quem não alcança o índice e diz que as empresas vêm atingindo o que foi estipulado nos editais

FELIPE BÄCHTOLD
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA

As quatro empresas da OHL, a maior vencedora do leilão das rodovias federais, não cumpriram metas de redução de mortes nas estradas sugeridas pelo governo de São Paulo. Em 20 aferições, nos últimos cinco anos, as concessionárias alcançaram o índice dez vezes.
Anteontem, o grupo de origem espanhola conseguiu arrematar todos os cinco lotes de trechos federais para os quais ofereceu propostas. Entre eles, a Fernão Dias (BR-381, que vai de São Paulo a Belo Horizonte) e a Régis Bittencourt (BR-116, que liga Curitiba a São Paulo).
O cumprimento das metas é um prêmio simbólico oferecido pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), responsável pela regulação do setor, para incentivar melhorias na segurança das estradas paulistas administradas por empresas. Não há punição para quem não alcance o índice.
Anualmente a agência propõe às empresas um grau específico de redução de acidentes para que, em 2020, as estradas sob concessão em São Paulo atinjam um padrão internacional de mortes. O cálculo leva em conta fatores como o fluxo diário de veículos, a extensão da via e o número de mortos.
De acordo com a Artesp, o índice ideal é abaixo de 2,5, enquanto o resultado médio nas rodovias sob concessão em São Paulo é de 3,8.
Para atingir a meta, a concessionária também precisa reduzir a quantidade de mortos no tipo de acidente mais fatal na rodovia no ano anterior.
Intervias, Vianorte, Centrovias e Autovias, que pertencem à OHL, administram 1.147 km no interior de São Paulo. O grupo atua no Estado desde 1998 e tem concessões que vão se encerrar até 2028. Todas as rodovias ficam no norte e nordeste do Estado, nas regiões de Ribeirão Preto, Franca e Bauru.
A agência informou que considera a situação das estradas administradas pelo grupo OHL como dentro da normalidade e que as empresas vêm cumprindo as condições estipuladas nos editais de licitação.


Texto Anterior: Companhia controla tratamento de esgoto em Ribeirão Preto
Próximo Texto: Outro lado: Para empresa, acidente foge a seu controle
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.