São Paulo, domingo, 11 de novembro de 2007

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Empresas não estão prontas para riscos da globalização, diz estudo

As empresas não estão preparadas para gerenciar os riscos que venham a surgir com a globalização. E, mais grave, ao mesmo tempo que a globalização abre uma oportunidade significativa para as empresas, faz com que aumentem as chances de passarem por mais riscos.
As afirmações fazem parte dos resultados do estudo CFO 2007, da IBM, realizado com mais de 1.200 dirigentes financeiros dos cinco setores (indústria, distribuição, mercado financeiro, comunicação e setor público) de 79 países. O estudo foi realizado com o auxílio da Escola de Administração da Universidade da Pensilvânia e da unidade de inteligência da publicação "The Economist".
Segundo a pesquisa, nos últimos três anos, 62% das empresas enfrentaram algum risco grande aos negócios. O mais marcante é que 42% dos entrevistados disseram que não estavam bem estruturados para suportar o impacto e 52% afirmaram que a empresa possuía algum tipo de programa formal para gerenciamento de crise.
Os riscos mais comuns são: o estratégico aos negócios (32%), problemas geopolíticos, ambientais ou de saúde (17%), financeiros (13%), operacionais (13%) e legais (8%).
A pesquisa conclui que a maioria das empresas tem uma visão de globalização que não condiz com a realidade atual. Elas reúnem e proliferam uma série de padrões locais quando, cada vez mais, governança, transparência e integridade de informação são os valores que interessam e devem ser mantidos por toda a companhia.
O estudo da IBM também faz um perfil dos CFOs (executivos da área financeira) e das empresas por regiões. Na América Latina, a pesquisa diz que 80% das corporações afirmaram ter feito grandes mudanças em sua estrutura nos últimos dois anos. As empresas latinas estão focadas em crescimento e na redução de custos.
No entanto, o gerenciamento de risco na região ainda precisa ser formalizado. Os executivos da região não têm ferramentas anti-risco ou uma rotina de monitoramento de crises.
Segundo o estudo da IBM, os CFOs latino-americanos deveriam usar sua influência para ajudar as equipes a identificar o perfil de risco de suas companhias e formalizar o gerenciamento de crise.

Crise aérea afetou turismo de negócio, diz Accor

O executivo Roland de Bonadona, diretor-geral da Accor Hospitality para América do Sul, acaba de subir mais um degrau no grupo.
Semana passada, ele foi promovido a diretor-geral da rede francesa para as Américas do Sul e Central.
À frente do maior grupo hoteleiro do país, com uma rede de 135 hotéis, Bonadona diz que a crise no setor aéreo prejudicou principalmente o turismo de negócios. Segundo ele, a alta da procura por hotéis deve ficar neste ano em torno de 2%, enquanto o país se expande ao ritmo de 5%. Em situações normais, a demanda no setor hoteleiro deveria crescer na faixa de 6%.
O dólar baixo, que incentivou viagens para fora, deve ser apontado como outro fator que prejudicou o turismo de negócios. Os hotéis cinco estrelas foram os mais afetados-estão com taxa de 60% de ocupação.

EDUCAÇÃO
A entidade mantenedora da Unicsul (Universidade Cruzeiro do Sul) adquiriu o Unimódulo (Centro Universitário Módulo), localizado em Caraguatatuba (SP). Com a compra, o grupo chega a 24 mil alunos. Até fevereiro de 2008 serão investidos R$ 4 milhões.

BLINDADO

A primeira garrafa do uísque Chivas 25 Years Old desembarca no Brasil na próxima terça-feira. O país é o único na América Latina que irá receber as garrafas. Numeradas, cada uma deve chegar a custar R$ 1.000. O transporte das bebidas, quando chegarem em São Paulo, será feito com a escolta de carro-forte. Elas serão levadas até o Empório Santa Maria, que vai preparar uma vitrine especial, onde será exposta uma das peças.

ENERGIA
A Embraco, que atua globalmente no mercado de compressores herméticos para refrigeração, participa do EE Global (Energy Efficiency Global Forum & Exposition), hoje, em Wa- shington. O presidente Ernesto Heinzelmann apresenta novidades ecológicas e de eficiência energética para o mercado mundial.

INVESTIMENTO
José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM do Brasil, tem visitado com freqüência o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Pinheiro negocia um pacote de benefícios fiscais para a instalação de uma nova fábrica naquele Estado. O interesse da GM por Pernambuco é a possibilidade de usar o porto de Suape, um dos mais modernos do Brasil. "Só é contra a guerra fiscal quem é a favor do cartel tributário", afirma Pinheiro.

HIDRELÉTRICA
Na semana passada, um grupo de executivos da Vale do Rio Doce esteve em Bogotá conversando com altas autoridades do governo da Colômbia. Na pauta, investimentos pesados em energia elétrica. A mineradora brasileira discute a possibilidade de construir uma hidrelétrica naquele país.

VÔO SOLAR
Um avião movido a energia solar vai "desembarcar" no Brasil nesta semana. Batizado de Solar Impulse, o protótipo será apresentado pelo grupo Solvay e pelo idealizador e piloto do avião, André Borschberg. Os investimentos giram em torno dos US$ 90 milhões e os testes de vôo começam no ano que vem. A idéia é realizar uma volta ao mundo tripulada em 2011.

NO SEGURO

Colisões ou roubo de veículos não são mais as principais causas do uso de seguros. Segundo dados da Indiana Seguros, 74% dos chamados feitos pelos segurados buscam serviços que não envolvem sinistro. No topo das assistências, estão as panes elétricas, com 25%, seguidas das falhas mecânicas, com 21% das ocorrências. Entre os problemas elétricos, os mais freqüentes são falhas de bateria, fusíveis ou alarme.

CEVADA
Todas as unidades da rede de cervejarias Braumeister viraram Braugarten. Com a mudança, vem a expansão: são esperadas três unidades entre São Paulo e Rio.

FERMENTO FASHION
A Folic inaugura duas novas operações em novembro, em São Paulo e Vitória.


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