São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

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Indicadores americanos serão o foco desta semana

BC dos EUA se reúne na terça; inflação sai na sexta

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado vai encarar uma agenda doméstica mais branda nesta semana. Mas, no exterior, haverá eventos importantes, como a reunião do banco central dos EUA e a divulgação do índice de inflação ao consumidor norte-americano.
Hoje o dia não traz a divulgação de nenhum dado fundamental novo, aqui ou lá fora.
Já amanhã haverá a reunião do Fed (o banco central dos Estados Unidos). Mesmo que a esmagadora maioria dos analistas e investidores espere que a taxa não seja alterada, sendo mantida em 5,25% anuais, o mercado estará muito atento à nota que o Fed divulgará após seu encontro.
A apresentação do CPI (índice de inflação ao consumidor dos Estados Unidos) de novembro, na sexta-feira, será o outro grande evento da semana. O mercado espera que a taxa fique em torno de 0,2%.
O índice de inflação ao consumidor norte-americano é um importante sinalizador do rumo que os preços estão tomando nos Estados Unidos. Dessa forma, se mostrar pressão acima do desejado, pode acabar afetando negativamente o mercado financeiro global.
Em relação ao encontro do Fomc (o Copom dos Estados Unidos), o economista Marcelo Voss, da corretora Liquidez, diz que "há unanimidade na decisão pela manutenção dos juros em 5,25% anuais".
"A agenda econômica da semana tem como destaque a reunião do banco central americano, na terça-feira. Porém é ponto pacífico que o Fed irá manter a taxa de juros inalterada. O grau de preocupação da autoridade monetária americana com a inflação será o principal foco dos analistas quando forem ler o "statement" [declaração] da decisão", avalia em análise a Link Corretora.
Já o cenário interno será de poucos dados importantes. Voss afirma que "no cenário interno não há mais indicadores relevantes até o fim do ano".
"Aqui dentro a agenda é bastante leve. Serão divulgadas as primeiras prévias da inflação de dezembro, como o IGP-M e o IPC da Fipe", afirma a Link.

Inflação calma
Na semana passada, foram conhecidos importantes dados de inflação no Brasil. Mas, apesar de a projeção para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) ter surpreendido, ficando acima do esperado, o mercado financeiro respondeu de forma tranqüila.
Na sexta-feira, o IBGE divulgou que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,31% em novembro. O mercado projetava elevação em torno de 0,36%.
Como o IPCA é o índice utilizado pelo BC para monitorar a meta oficial de inflação, a notícia foi bem recebida.

Juros
No pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) de sexta, as taxas nos contratos com prazos de vencimento mais longos recuaram.
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence daqui a um ano, a taxa recuou de 12,56% para 12,50%.
No dia anterior, na quinta, o BC havia apresentado a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Segundo analistas, o documento não deixou claro o tamanho do corte na taxa básica que poderá vir na reunião do Copom que será realizada em janeiro.
Em seu último encontro, o Copom cortou a taxa Selic de 13,75% para 13,25% anuais.
Para a reunião que ocorrerá em janeiro, o mercado se divide entre as previsões de que a taxa será cortada em 0,25 ponto ou 0,50 ponto percentual.


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