São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 2003

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"Era impossível prever crise Argentina"

DE WASHINGTON

Leia a continuação da entrevista com Henrique Meirelles.
 
Folha - O sr. se relacionava bem com Jay Sarles, que o substituiu na divisão corporativa do banco?
Meirelles -
Dava-me. Ele inclusive me mandou uma notinha [parabenizando-o pela nomeação ao BC] supersimpática.

Folha - E com o atual presidente do banco, Eugene McQuade, que assumiu a área externa do banco após sua saída e cortou a exposição do FleetBoston na América Latina?
Meirelles -
Sim, me dava bem. Ele era o CFO [Chief Financial Officer" e, como tal, precisava constituir as reservas necessárias para enfrentar as contingências. O banco está muito bem no Brasil, no México e no Chile. No Brasil, foram feitas provisões muito menores do que os lucros do banco.
Como poderíamos ter antecipado a crise? Vender o banco era complexo. Quando se percebeu que havia um problema na Argentina, já era impossível vender um grande banco como o FleetBoston. É o mesmo que a GM ou a Vokswagen tentarem antecipar-se à crise achando que o Lula ganharia as eleições e faria um monte de bobagem -coisa que obviamente não ocorreu. É impossível.


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