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MERCADO ABERTO
TVs e DVDs salvam eletroeletrônicos
A venda de TVs e DVDs salvou
o faturamento do setor eletroeletrônico de consumo
no ano passado. A receita total obtida pelas empresas do setor em 2005 foi de R$ 27,2 bilhões, o que representa um crescimento de 11,04% em relação ao
ano anterior, segundo números
que acabam de ser fechados pela
Eletros (associação do setor).
O aumento da receita do setor
eletrônico ficou muito concentrado principalmente na linha de
imagem e som (TVs e DVDs),
que obteve um faturamento de
R$ 13,4 bilhões, o que significa
um crescimento de 23,3% em relação ao ano anterior. Ou seja, a
linha de imagem e som respondeu por praticamente a metade
do faturamento total.
Já as outras áreas não tiveram o
mesmo desempenho. A linha
branca (refrigerador, lava-louça
etc.) registrou um faturamento
de R$ 12,3 bilhões, que representa um tímido crescimento de
1,41%. A linha de portáteis (batedeira e liquidificador, entre outros) praticamente não cresceu.
Sua receita foi de R$ 1,4 bilhão,
alta de apenas 0,09%.
Segundo Paulo Saab, presidente da Eletros, o fraco desempenho da linha branca se deveu basicamente ao aumento dos preços. Os produtos da linha branca
são muito influenciados pelos
preços das commodities, como
aço e plástico, que tiveram uma
alta considerável no ano passado.
Já o setor de portáteis, de acordo com Saab, sofreu pelo fato de
já ter crescido muito no ano anterior. Em 2005, o que houve, de
acordo com ele, foi um esgotamento do consumidor em adquirir esses produtos.
Para Saab, as perspectivas são
positivas para 2006. Em primeiro
lugar, a estabilização da economia e a queda dos juros devem
elevar as vendas. Além disso, a
Eletros acabou de constituir um
grupo de trabalho com o Ministério do Desenvolvimento para
discutir uma proposta de política
industrial ao setor. O objetivo é
preservar os fabricantes locais.
DEDOS CRUZADOS
Wagner Ardeo, vice-diretor de
economia da FGV do Rio, está
preocupado com o aumento da
inflação neste início do ano, acima das expectativas e, principalmente, numa hora em que todos
os santos pareciam a favor da
queda dos juros. O nível de atividade estava em desaceleração e o
país praticamente zerou a dívida
em dólar. "Infelizmente nunca
conseguimos ter tudo favorável
para a queda dos juros, mas, um
dia, essa transição irá acontecer",
diz. O problema é que demora.
BOLA DE CRISTAL
Pesquisa com 51 bancos a ser
divulgada hoje pela Febraban
mostra que o setor aposta num
crescimento do PIB de 3,5% em
2006, puxado principalmente
pela indústria (4%) e agricultura
(3,6%). O setor de serviços cresce
2,93%. O dólar fecha em dezembro a R$ 2,42, e a inflação (IPCA), em 4,56%. As exportações
somam US$ 125 bilhões, e o superávit, US$ 39 bilhões. O crédito
aumentará 17,4%, com destaque
para os empréstimos a pessoas
físicas, com alta de 24,8%
A VEZ DOS MOTOBOYS
De olho em um mercado que movimenta até R$ 1 bilhão só
em São Paulo, a Compacta decidiu organizar uma feira exclusiva para a indústria do motoboy, dos dias 27 a 29, na capital
paulista. "Esse mercado, que envolve salários, compra de
equipamentos e acessórios, combustível, manutenção e serviços, entre outros, será cada vez maior. Só neste ano deve crescer 10%", diz Luís Augusto de Alcântara Machado, diretor da
Compacta, que realizou pesquisas de mercado antes de decidir pelo evento. A previsão é que até 150 mil pessoas visitem a
feira, das quais cerca de 70% motoboys. Para atrair visitantes,
além de palestras, haverá gincanas, shows e até um concurso
para eleger a "Musa Motoboy", em parceria com a agência de
modelos Mega. Além de fabricantes de motos e equipamentos, empresas de vestuário e cosméticos estarão presentes, entre outras.
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