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MERCADO FINANCEIRO
Alta acumulada do Ibovespa no ano já atinge 7,46%; dólar sobe 0,97%, e risco-país cai quase 2%
Estrangeiros fazem Bolsa subir 2,58%
DA REPORTAGEM LOCAL
A entrada de recursos externos
levou a Bovespa a um resultado
excepcional neste começo de ano.
A valorização do Ibovespa já chega a 7,46% em 2006 -quase o
que deve render a poupança no
ano todo.
O Ibovespa (principal índice da
Bolsa, que reúne as 57 ações mais
negociadas) subiu 2,58% ontem,
indo aos inéditos 35.952 pontos.
O risco-país também bateu em
patamar recorde ontem. Movido
pela forte demanda por títulos da
dívida externa brasileira, o risco
marcava no fim das operações de
ontem 277 pontos -baixa de
1,8% em relação à terça.
O risco-país é calculado a partir
da oscilação dos preços de uma
cesta de títulos da dívida externa.
Quando a procura por esses papéis aumenta, o risco recua.
Neste mês, até o dia 9, as compras de ações feitas por estrangeiros na Bovespa superaram as vendas em R$ 820,4 milhões. Em todo janeiro de 2005, esse saldo foi
positivo em R$ 575,4 milhões.
Para Charles Philipp, diretor da
corretora SLW, a entrada de recursos externos na Bolsa está bastante forte e isso tem sido fundamental para o atual momento que
vive o mercado acionário doméstico. "O apetite estrangeiro está
bastante receptivo a ativos brasileiros. Claro que vai haver realizações de lucros no meio do caminho, mas a tendência é de Bolsa
para cima", diz Philipp, que afirma que o Ibovespa tem tudo para
bater nos 45 mil pontos neste ano.
Os pontos do Ibovespa aumentam de acordo com que os preços
das ações que compõem o índice
sobem.
Os grandes investidores internacionais estão aumentando suas
exposições a ativos de maior risco
-como ações e títulos de emergentes-, que pagam maiores
rendimentos. Esse movimento
ganhou fôlego neste começo de
ano porquê o Fed (banco central
dos Estados Unidos) deu novos
sinais de que o ciclo de elevação
dos juros americanos está perto
de seu fim.
O dólar voltou a subir diante do
real. Nos negócios de ontem, a alta foi de 0,97%, com a moeda vendida a R$ 2,284.
Mesmo assim, analistas afirmam que a tendência de baixa para o dólar ainda é forte.
Ontem o Banco Central comprou cerca de US$ 500 milhões,
considerando as intervenções no
mercado futuro e à vista.
(FABRICIO VIEIRA)
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