São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

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ÁSIA

Valor triplica em relação a 2004

Superávit chinês fica em US$ 102 bi em 2005

DA REDAÇÃO

O superávit comercial da China mais que triplicou em 2005 em relação ao ano anterior, para US$ 101,88 bilhões, de acordo com dados oficiais divulgados ontem. Em 2004, o superávit comercial do país havia sido de US$ 32 bilhões.
A China se tornou o terceiro país em volume de comércio no ano passado. A corrente de comércio do país totalizou US$ 1,42 trilhão em 2005, com importações de US$ 660 bilhões e exportações de US$ 762 bilhões, o que fez com que a China ultrapassasse o Japão, que ocupava a terceira posição, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha.
Como medida de comparação, as exportações brasileiras em 2005 totalizaram US$ 118 bilhões. O superávit do Brasil foi de US$ 44,8 bilhões.

Exportações em alta
As importações da China registraram alta de 17,6% no ano passado, mas as exportações cresceram mais rápido -28,4%.
O crescimento das exportações deve contribuir para intensificar as críticas de outros países, que dizem que a China mantém seu câmbio desvalorizado artificialmente para aumentar a competitividade de seus produtos.
Um dos principais focos de tensão em 2005 foi a exportação de produtos têxteis chineses, que aumentaram muito com o fim de um tratado mundial de cotas para este tipo de produto.
Os Estados Unidos e a União Européia ameaçaram a China com restrições unilaterais e depois negociaram limites à entrada destes produtos com o país.
Além disso, a pressão pela valorização do yuan, a moeda chinesa, aumentou em 2005. Vários congressistas dos EUA propuseram adotar sanções à China se o país não valorizasse o câmbio.
Os dados divulgados ontem não continham o saldo comercial da China com cada país, mas analistas prevêem que o superávit da nação asiática com relação aos Estados Unidos fique em mais de US$ 200 bilhões, um crescimento de 25% em relação a 2004.
O maior parceiro comercial da China em 2005 foi a União Européia. O comércio entre os dois países ficou em US$ 217,3 bilhões, uma expansão de 22,6%. Em segundo lugar ficaram os Estados Unidos, país com o qual o comércio foi de US$ 211,6 bilhões, alta de 25% em relação ao ano anterior.
O governo chinês disse nesta semana que o crescimento das exportações deve ser menor neste ano, devido aos altos preços do petróleo e também à maior pressão de outros países por limites aos produtos chineses.


Com agências internacionais

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