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INTEGRAÇÃO
Amorim promete ajuda a pequenos do Mercosul
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil tem que aumentar a
abertura comercial para os sócios
menores do Mercosul e usar o poder de compra das estatais para
ajudar a promover o desenvolvimento industrial dos membros
do bloco, inclusive a Argentina,
disse o chanceler Celso Amorim,
ao lado do seu par argentino, Jorge Taiana.
Segundo Amorim, as declarações de ministros uruguaios de
que o país deveria assinar um
acordo bilateral com os EUA servem como alerta para o fato de
que o Mercosul ainda não "fez tudo o que podia" pelos sócios menores, que periodicamente ameaçam deixar o bloco. Importantes
ministros uruguaios, como o da
Economia, Danilo Astori, têm defendido um acordo de livre comércio com os EUA, o que não é
permitido pelas regras do Mercosul. A intenção vem sendo desmentida pelo chanceler uruguaio,
Reinaldo Gargano.
"Manifestações de inconformidade com o Mercosul devem ser
objeto de reflexão pelos países
maiores. Se o Uruguai, por hipótese, não vê que o Mercosul lhe tenha trazido benefícios suficientes
que compensem a limitação intrínseca do Mercosul de só poder
negociar acordos comerciais em
conjunto, é porque talvez não tenhamos feito o bastante, então,
talvez tenhamos que ver o que podemos fazer, como foi o caso do
Paraguai", disse Amorim.
Em 2005, o vice-presidente paraguaio, Luis Castiglione, aproveitou a presença militar dos EUA
no país para anunciar que o Paraguai estaria trocando a autorização de uma base militar por um
acordo de livre comércio.
Semanas depois, o Brasil atendeu a duas antigas reivindicações
do país: elevou a tarifa que paga
ao vizinho pela energia de Itaipu,
congelada há 11 anos, e liberou
US$ 50 milhões para a construção
da segunda ponte da Amizade.
Em seguida, acabaram os rumores da saída do Paraguai do bloco.
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