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Mercado agora questiona se juros subirão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O temor do Banco Central
em relação à inflação neste
início de ano é corroborado
por analistas que acompanham diariamente o comportamento dos preços. Apesar de ressaltarem fatores
que podem atenuar os riscos
levantados pelos diretores
do BC, eles consideram que o
cenário de inflação é mais
delicado do que em 2007.
Para o economista Roberto Padovani, do banco
WestLB, um fator positivo é
que o BC tem controlado as
expectativas do mercado,
que já comprou a tese de
mais conservadorismo nos
juros. "Não há mais a expectativa de cortes no primeiro
semestre. A dúvida é se o BC
precisará subir as taxas."
A economista-chefe do
banco Fibra, Maristella Ansanelli, diz que a alta nos alimentos neste ano não deverá
chegar perto dos 10% de
2007. Mas reconhece que,
"como a demanda mundial
deve continuar alta, não deverá haver recuo de preços".
Por outro lado, o reajuste
nos preços administrados,
que inclui energia, telefonia
e aluguéis, será maior neste
ano. Os índices que reajustam esses contratos subiram
em 2007 ante 2006. Como o
valor de um ano é aplicado
no seguinte, em 2008 esses
preços tendem a subir mais.
"Em 2007, por exemplo, a
revisão de tarifa de energia
elétrica foi de 1,7%. O IGP-M,
que rege os preços administrados, foi de 3,84% em 2006
e pulou para 7,75% no ano
passado. Daí o reajuste neste
ano será maior", diz.
(SD)
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