São Paulo, sábado, 12 de janeiro de 2008

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Mercado agora questiona se juros subirão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O temor do Banco Central em relação à inflação neste início de ano é corroborado por analistas que acompanham diariamente o comportamento dos preços. Apesar de ressaltarem fatores que podem atenuar os riscos levantados pelos diretores do BC, eles consideram que o cenário de inflação é mais delicado do que em 2007.
Para o economista Roberto Padovani, do banco WestLB, um fator positivo é que o BC tem controlado as expectativas do mercado, que já comprou a tese de mais conservadorismo nos juros. "Não há mais a expectativa de cortes no primeiro semestre. A dúvida é se o BC precisará subir as taxas."
A economista-chefe do banco Fibra, Maristella Ansanelli, diz que a alta nos alimentos neste ano não deverá chegar perto dos 10% de 2007. Mas reconhece que, "como a demanda mundial deve continuar alta, não deverá haver recuo de preços".
Por outro lado, o reajuste nos preços administrados, que inclui energia, telefonia e aluguéis, será maior neste ano. Os índices que reajustam esses contratos subiram em 2007 ante 2006. Como o valor de um ano é aplicado no seguinte, em 2008 esses preços tendem a subir mais.
"Em 2007, por exemplo, a revisão de tarifa de energia elétrica foi de 1,7%. O IGP-M, que rege os preços administrados, foi de 3,84% em 2006 e pulou para 7,75% no ano passado. Daí o reajuste neste ano será maior", diz. (SD)


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