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MERCADO FINANCEIRO
Dólar fecha estável a R$ 3,58, e Bovespa reduz ganhos a 0,28% com gravações atribuídas a terrorista
Dólar pára, e Bolsa perde gás com Bin Laden
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um dia considerado tranquilo para alguns e sem novidades que pudessem influenciar negativamente o mercado para outros, o dólar fechou praticamente
estável pela segunda vez consecutiva, com queda de 0,05%, cotado
a R$ 3,583. O Ibovespa chegou a
subir 1,6%, mas no final do dia a
alta perdeu força, acompanhando
as Bolsas internacionais -que
reagiram a gravação atribuída ao
terrorista saudita Osama bin Laden-, e encerrou o pregão quase
no mesmo nível do fechamento
anterior, com alta de 0,28%.
O mercado financeiro continua
refletindo diretamente as novidades sobre a possibilidade de um
conflito bélico contra o Iraque.
Os discursos do secretário de
Estado americano, Colin Powell,
são acompanhados de perto pelos
investidores, assim como as notícias vindas do Conselho de Segurança da ONU e de outros organismos internacionais que possam influenciar as decisões sobre
uma eventual guerra.
Para analistas, o anúncio do
corte de R$ 14,1 bilhões nos gastos
públicos, a conclusão da rolagem
da dívida cambial que vence amanhã e o aumento do superávit primário repercutiram bem no mercado. Entretanto o grande peso
das adversidades internacionais
impede a queda do dólar.
O setor siderúrgico continua a
liderar as altas na Bovespa. O papel PN da Acesita subiu ontem
5,3%, a maior alta do dia. A ação
preferencial da Usiminas se valorizou em 4,6%, enquanto as ações
PN da CST subiram 4,4%.
A divulgação do balanço de
2002 do Banco do Brasil, com lucro de mais de R$ 2 bilhões, fez a
ação ON do banco subir 4,4%.
A maior baixa do Ibovespa foi
pelo segundo dia a ação ordinária
da Light, que caiu 5,5%.
Perspectivas
Segundo relatório produzido
pela Globalinvest, no longo prazo
as melhores opções de investimentos em ações estão no setor
elétrico e nos bancos múltiplos. A
justificativa para essa recomendação é que esses setores, em caso de
guerra, são os mais seguros e não
deverão sofrer grandes oscilações.
Além disso, o relatório alerta
para empresas como Sadia, Unibanco e Bradesco, que já confirmaram o pagamento de dividendos. Em tempos de dificuldades, o
recebimento dos dividendos pode garantir uma melhora para a
rentabilidade das carteiras de
ações.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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