DA REPORTAGEM LOCAL

A queda de 0,94% registrada pelo dólar diante do real ontem levou a moeda norte-americana a seu menor preço de fechamento desde 21 de janeiro. No fim dos negócios, para comprar US$ 1 eram necessários R$ 3,49.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o dia também foi positivo, após o tombo de segunda-feira. O Ibovespa, índice que reúne as 54 ações mais negociadas no pregão paulista, subiu 0,3%. Já o volume negociado ontem na Bovespa foi baixo, ficando em apenas R$ 434 milhões.
Os principais papéis da dívida brasileira negociados no mercado externo, os C-Bonds, também se recuperaram e fecharam com alta de 1,4%. Isso levou o risco-país a recuar para 1.136 pontos.
Os negócios com dólares têm sido fracos. Segundo operadores de tesourarias e corretoras de câmbio, o volume negociado nos últimos dias não tem superado o US$ 1 bilhão. Em dias considerados normais esse giro fica em torno de US$ 1,5 bilhão.
Dúvidas em relação à duração e às consequências do esperado conflito entre Estados Unidos e Iraque têm gerado cautela entre bancos, que preferem segurar os dólares que podem em carteira. Analistas acreditam que se o conflito ocorrer logo e durar poucas semanas há espaço para um recuo mais forte do dólar. Segundo relatório do banco Lloyds TSB, o câmbio deve oscilar entre R$ 3,40 e R$ 3,50 nos próximos meses.
Ontem o Banco Central consegui terminar a rolagem da dívida cambial de US$ 1,9 bilhão que vence amanhã. A conclusão da operação ajudou a manter a calma no mercado de câmbio.

Em alta
As ações da Petrobras e da Embratel foram os destaques dos negócios de ontem no pregão da Bolsa paulista. Os papéis das empresas lideraram as altas no dia e estiveram entre os mais negociados.
A informação de que foi descoberto um poço de petróleo da Petrobras em Sergipe ajudou a animar os negócios com as ações da empresa, que subiram 4,4% (ON) e 4,1% (PN).
As ações da Embratel Participações fecharam o dia com valorização de 3,8% (PN) e 3,6% (ON).
Na outra ponta ficaram as ações preferenciais da Eletropaulo, que caíram 5%, a maior baixa do pregão. (FABRICIO VIEIRA)


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