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Em dia de giro fraco, Bolsa tem leve alta de 0,03%
Decisão esperada do Copom não deve mexer com mercado
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A empolgação com o Citigroup, que deu forte impulso ao
mercado na terça-feira, não se
sustentou ontem. As Bolsas de
Valores acabaram por patinar e
terminaram o dia com pequenas oscilações. A Bovespa teve
leve alta de 0,03%. No pregão
de terça, havia subido 5,59%.
No mercado norte-americano, o índice Dow Jones, que
agrupa 30 papéis de elevada liquidez, subiu 0,06%.
O mercado brasileiro fechou
ontem antes de o Copom anunciar sua decisão sobre a taxa básica Selic. A expectativa em torno da reunião trouxe agitação
ao mercado futuro de juros, devido às incertezas em relação
ao tamanho do corte que o BC
promoveria.
Como o Copom optou por
cortar a taxa básica em 1,5 ponto percentual, que era a projeção majoritária entre investidores e analistas, a reação do
mercado hoje à decisão tende a
ser moderada.
O economista-chefe do BES
Investimento, Jankiel Santos,
diz que a Bolsa tem sido muito
mais influenciada "pela dinâmica dos preços das commodities no exterior" do que pelas
decisões sobre os juros. "E o
mercado de renda fixa já estava
precificado [para o corte de 1,5
ponto na Selic]."
Na Bovespa, além da quase
estabilidade registrada, a movimentação financeira não foi
muito expressiva. As 282 mil
operações realizadas com
ações ontem representaram R$
3,62 bilhões, montante 12%
abaixo da média de fevereiro.
O câmbio também não teve
grandes movimentações. A
moeda norte-americana encerrou o dia com pequena elevação
de 0,09% diante do real, vendida a R$ 2,351.
O menor apetite por ações
brasileiras demonstrado ontem pelos investidores estrangeiros colaborou para o giro
menos intenso no pregão. Os
últimos dados da Bovespa em
relação aos estrangeiros não é
muito animador. Neste mês, no
último dia 9, o balanço dos negócios feitos com capital externo mostrava saída líquida de R$
1,29 bilhão do pregão, número
que reverte o resultado positivo
de fevereiro -quando R$ 544,1
milhões líquidos entraram na
Bolsa brasileira.
Ao menos as ações da Petrobras, muito negociadas pelos
estrangeiros, conseguiram se
sustentar em terreno positivo,
mesmo com a depreciação do
petróleo no exterior. A informação de que o estoque de petróleo cru subiu nos EUA favoreceu a queda do barril do produto, que fechou com recuo de
7,4% em Nova York.
As ações ordinárias da Petrobras fecharam com alta de
0,63%, e as preferenciais subiram 0,51%.
Os papéis da Vale também
conseguiram terminar o pregão com resultado positivo, evitando que a Bovespa fechasse
no vermelho. O papel Vale ON
terminou com alta de 1%, e o
PNA ganhou 0,40%.
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