São Paulo, quinta-feira, 12 de março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Em dia de giro fraco, Bolsa tem leve alta de 0,03%

Decisão esperada do Copom não deve mexer com mercado

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A empolgação com o Citigroup, que deu forte impulso ao mercado na terça-feira, não se sustentou ontem. As Bolsas de Valores acabaram por patinar e terminaram o dia com pequenas oscilações. A Bovespa teve leve alta de 0,03%. No pregão de terça, havia subido 5,59%.
No mercado norte-americano, o índice Dow Jones, que agrupa 30 papéis de elevada liquidez, subiu 0,06%.
O mercado brasileiro fechou ontem antes de o Copom anunciar sua decisão sobre a taxa básica Selic. A expectativa em torno da reunião trouxe agitação ao mercado futuro de juros, devido às incertezas em relação ao tamanho do corte que o BC promoveria.
Como o Copom optou por cortar a taxa básica em 1,5 ponto percentual, que era a projeção majoritária entre investidores e analistas, a reação do mercado hoje à decisão tende a ser moderada.
O economista-chefe do BES Investimento, Jankiel Santos, diz que a Bolsa tem sido muito mais influenciada "pela dinâmica dos preços das commodities no exterior" do que pelas decisões sobre os juros. "E o mercado de renda fixa já estava precificado [para o corte de 1,5 ponto na Selic]."
Na Bovespa, além da quase estabilidade registrada, a movimentação financeira não foi muito expressiva. As 282 mil operações realizadas com ações ontem representaram R$ 3,62 bilhões, montante 12% abaixo da média de fevereiro.
O câmbio também não teve grandes movimentações. A moeda norte-americana encerrou o dia com pequena elevação de 0,09% diante do real, vendida a R$ 2,351.
O menor apetite por ações brasileiras demonstrado ontem pelos investidores estrangeiros colaborou para o giro menos intenso no pregão. Os últimos dados da Bovespa em relação aos estrangeiros não é muito animador. Neste mês, no último dia 9, o balanço dos negócios feitos com capital externo mostrava saída líquida de R$ 1,29 bilhão do pregão, número que reverte o resultado positivo de fevereiro -quando R$ 544,1 milhões líquidos entraram na Bolsa brasileira.
Ao menos as ações da Petrobras, muito negociadas pelos estrangeiros, conseguiram se sustentar em terreno positivo, mesmo com a depreciação do petróleo no exterior. A informação de que o estoque de petróleo cru subiu nos EUA favoreceu a queda do barril do produto, que fechou com recuo de 7,4% em Nova York.
As ações ordinárias da Petrobras fecharam com alta de 0,63%, e as preferenciais subiram 0,51%.
Os papéis da Vale também conseguiram terminar o pregão com resultado positivo, evitando que a Bovespa fechasse no vermelho. O papel Vale ON terminou com alta de 1%, e o PNA ganhou 0,40%.


Texto Anterior: Crise global coloca cúpula do G20 sob pressão para achar soluções já
Próximo Texto: Dólares: Fluxo cambial volta a ficar negativo na 1ª semana do mês
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.