Com a saída de Rodrigo Azevedo da diretoria de Política Monetária, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, praticamente fechou a equipe que pretende trabalhar nos próximos anos. Mais alinhado com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, Meirelles optou por uma formação mais operacional e menos conservadora para o seu time.
A escolha de Mario Torós para suceder Azevedo define bem o perfil dessa nova equipe do Banco Central. Torós é tido como um dos operadores mais respeitados do mercado. Ele trabalhou durante muito tempo nas áreas de tesouraria de bancos, entre eles o Santander. Já Rodrigo Azevedo tinha um perfil diferente. Sua experiência era mais de estrategista, em áreas próximas a mercado, e não de um operador.
Antes de Azevedo, a diretoria da Política Monetária já tinha essa característica. Foi assim, por exemplo, na época de Armínio Fraga no BC, quando Luiz Fernando Figueiredo ocupava o cargo. Depois, no início da gestão Meirelles, com Luiz Candiota. Os dois tinham experiência como operadores.
A ida de Torós também foi interpretada pelo mercado como uma mudança na linha de pensamento do BC. Azevedo e Afonso Bevilaqua, que deixou o BC há pouco mais de um mês, eram considerados os diretores com perfil mais conservador da instituição. E, portanto, mais cautelosos em adotar uma conduta mais flexível na política monetária. As apostas são que, agora, será mais fácil para Meirelles dar continuidade à política de redução dos juros, ainda que mantendo o mesmo ritmo de cortes de 0,25 ponto.
Há uma convicção geral, entre os economistas, de que existe um enorme espaço para os juros continuarem em queda. A economia cresce a um ritmo acelerado, e não há nenhum sinal de inflação de demanda, muito em razão da supervalorização do câmbio.
O fato é que Lula, que nunca digeriu bem o fato de o Brasil ter o maior ou o segundo maior juro do mundo, tem mais condições de ver as taxas caírem mais rapidamente.

UM GOLE
A marca de destilado inglês Bombay Sapphire, reconhecida por seu vínculo com o design, vai trazer ao Brasil uma de suas exposições de taças de coquetéis criadas por designers internacionais. Na abertura do evento, no dia 24, a marca vai anunciar a versão brasileira, um concurso para designers do país. Criado em 1761, o Bombay Sapphire iniciou sua parceria com o tema na década de 90, quando os designers Karim Rashid, Eva Zeisel e Yves Béhar, desenvolveram taças especiais para suas campanhas publicitárias. Em 2001, a marca criou a Bombay Foundation, em Londres, para coordenar seus projetos e concursos como o Bombay Sapphire Glass Competition, que acontece há seis anos.

CABELEIRA
São Paulo promove, a partir de amanhã, a sexta edição da Hair Brasil, feira internacional de beleza, cabelos e estética. Neste ano, o evento será 20% maior do que em 2006. No catálogo, mais de 500 marcas de produtos profissionais. Na agenda, workshops voltados para cabeleireiros, esteticistas e manicures. "Há 60 eventos na Hair Brasil, que incluem megashows, oficinas, palestras e congressos, como de manicures", diz Jefferson Santos, diretor-geral do evento, que cita ainda o Seminário para Micro e Pequenos Empreendedores do Setor de Beleza, feito em parceria com o Sebrae.

ASFALTO
Paulo Godoy (Abdib) pretende aproveitar a audiência pública sobre concessões rodoviárias na Comissão de Infra-estrutura do Senado, hoje, para dar a largada a um movimento mais intenso e coordenado sobre a atratividade dos setores de infra-estrutura no Brasil. Ele defenderá mais realismo tarifário, regras de competição e segurança jurídica e institucional.

CARONA
A Volkswagen do Brasil produzirá hoje, em São José dos Pinhais (PR), o Fox de número 500.000, que será um Fox Plus 1.6 Total Flex vermelho, para o mercado interno. O Fox alcançou no primeiro trimestre a posição de terceiro carro mais vendido do país, com 28.800 unidades comercializadas. O presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, irá até a fábrica do Paraná para comemorar o feito.

AMBIENTE
Mário Garnero, presidente da Associação das Nações Unidas Brasil, promove, dia 30, em Nova Iorque, o Fórum de Desenvolvimento Sustentável 2007. O evento abordará temas como a exploração racional da Amazônia e terá as presenças dos ex-presidentes George Bush pai e Bill Clinton.

MANOBRA
A Vale e a Fundação Centro Tecnológico da Hidráulica da USP realizam hoje a milésima e última simulação de manobra do TPPM (Terminal Portuário de Ponta da Madeira), para aumentar o embarque em 10 milhões de toneladas por ano. Os testes serão feitos em um galpão-laboratório da USP. Após a simulação, a manobra será feita com navio de verdade, em São Luís. O estudo deve agilizar o embarque de cargas gerais, ferro-gusa e da safra de soja de 2006 e 2007. No ano passado, o TPPM movimentou 81,7 milhões de toneladas de carga geral, 9,8% mais que em 2005.

NA ÁGUA
A Fundação SOS Mata Atlântica lança amanhã, na Rio Boat Show 2007, os fundos Costa Atlântica e Pró-Unidade de Conservação Marinha, do Programa Costa Atlântica. Lançado pela entidade em 2006 para contribuir com o equilíbrio ambiental, o Programa Costa Atlântica tem R$ 1 milhão da Copebrás e R$ 1 milhão do Bradesco Capitalização.

LIGAÇÃO
A Oi lançará no mercado corporativo o VPN VIP Global, solução internacional para redes convergentes para interligar empresa e filial ou escritório no exterior.

MAQUETE
O novo shopping center de São Paulo, que será construído pelo grupo WTorre e a Iguatemi Empresa de Shopping Centers, no terreno do esqueleto do prédio da Eletropaulo, levará a assinatura da Botti Rubin Arquitetos Associados.