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Para analistas, estrangeiros e TAM ganham
DA SUCURSAL DO RIO
A Varig fora dos vôos intercontinentais favorece as empresas estrangeiras e a TAM,
segundo especialistas ouvidos
pela Folha. Dados da Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil) mostram que a Varig tinha 18,82% do mercado de
vôos internacionais em março.
A TAM, 68,88%. As estatísticas
abrangem a participação no
mercado internacional das
companhias brasileiras.
Desde a crise da Varig, as estrangeiras ganharam espaço e
aumentaram os investimentos
em vôos para o Brasil.
Questionado sobre a possibilidade de os concorrentes ocuparem o espaço deixado pela
Varig, o diretor comercial da
companhia, Lincoln Amano,
afirmou que ela não se pautaria
pela atuação das demais. "Não
vamos nos guiar pelas concorrentes", disse.
Segundo Lúcia Helena Salgado, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a
saída representa uma perda para o consumidor, que passa a
contar com menos opções.
Ela destaca ainda a alta do
preço do petróleo. O combustível já representava 40% dos
custos totais da Varig. "A volatilidade nos resultados das empresas de aviação civil é estrutural. Há uma dependência da
demanda, um fator que pode
variar muito", disse.
Para o consultor em aviação
Paulo Bittencourt Sampaio, a
vantagem para a Varig é que a
empresa passará a contar com
frota padronizada de Boeing-737. Segundo a Varig, serão 29
aeronaves até o fim do ano. "A
Varig terá de oferecer serviço
diferenciado onde continua a
operar, na América do Sul, porque são rotas que contam com
passageiros de tarifa alta, que
exigem mais conforto", disse.
Segundo ele, a TAM passou
hoje a exercer o papel da Varig
na década de 1990, quando a
empresa tinha praticamente o
monopólio das linhas internacionais. Hoje, a TAM voa para
17 destinos no exterior.
(JL)
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