São Paulo, sábado, 12 de abril de 2008

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Para analistas, estrangeiros e TAM ganham

DA SUCURSAL DO RIO

A Varig fora dos vôos intercontinentais favorece as empresas estrangeiras e a TAM, segundo especialistas ouvidos pela Folha. Dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) mostram que a Varig tinha 18,82% do mercado de vôos internacionais em março. A TAM, 68,88%. As estatísticas abrangem a participação no mercado internacional das companhias brasileiras.
Desde a crise da Varig, as estrangeiras ganharam espaço e aumentaram os investimentos em vôos para o Brasil.
Questionado sobre a possibilidade de os concorrentes ocuparem o espaço deixado pela Varig, o diretor comercial da companhia, Lincoln Amano, afirmou que ela não se pautaria pela atuação das demais. "Não vamos nos guiar pelas concorrentes", disse.
Segundo Lúcia Helena Salgado, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a saída representa uma perda para o consumidor, que passa a contar com menos opções.
Ela destaca ainda a alta do preço do petróleo. O combustível já representava 40% dos custos totais da Varig. "A volatilidade nos resultados das empresas de aviação civil é estrutural. Há uma dependência da demanda, um fator que pode variar muito", disse.
Para o consultor em aviação Paulo Bittencourt Sampaio, a vantagem para a Varig é que a empresa passará a contar com frota padronizada de Boeing-737. Segundo a Varig, serão 29 aeronaves até o fim do ano. "A Varig terá de oferecer serviço diferenciado onde continua a operar, na América do Sul, porque são rotas que contam com passageiros de tarifa alta, que exigem mais conforto", disse.
Segundo ele, a TAM passou hoje a exercer o papel da Varig na década de 1990, quando a empresa tinha praticamente o monopólio das linhas internacionais. Hoje, a TAM voa para 17 destinos no exterior. (JL)


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