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CRISE NO AR
Controle seria dividido entre estatais e setor privado
Previ pode ser convocada para participar da fusão Varig/TAM
FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) não será o único a ser chamado para capitalizar a empresa
que surgir da fusão Varig/TAM.
A Folha Online apurou que os
responsáveis pela fusão pretendem incluir no capital societário
da nova companhia grandes fundos de pensão, como a Previ (caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil), que possui um patrimônio de cerca de
US$ 40 bilhões.
A entrada da Previ no capital da
Varig/TAM é vista dentro do governo como uma alternativa para
evitar uma "estatização branca"
da nova companhia.
O governo estuda ainda convidar grandes bancos, como o Bradesco e o Itaú, para participar do
capital da nova empresa.
Com a Previ e mais bancos nacionais, o controle majoritário seria dividido entre empresas controladas pelo governo -como
BR Distribuidora, BB e Infraero- e outras do setor privado.
Os responsáveis pelas decisões
de investimentos da Previ afirmaram que ainda não receberam nenhuma proposta sobre a operação de capitalização da Varig/
TAM.
"Não é do meu conhecimento.
Não recebemos nenhuma proposta desse tipo até agora", disse
o diretor de investimentos da Previ, Luiz Aguiar.
Segundo o diretor de participações da Previ, Renato Chaves, não
existem planos de investimento
no setor aéreo para este ano. "Não
temos investimentos desse tipo
programados para 2003. No entanto, quem cuida desse assunto é
a diretoria de investimentos", disse Chaves.
O integrante do conselho administrativo da FRB-Par (Fundação
Ruben Berta) -controladora da
Varig-, Gilmar Carneiro, disse
que a idéia de trazer fundos de
pensão e bancos para a nova companhia é interessante para todos
os envolvidos nas negociações.
"Os fundos e bancos têm dinheiro sobrando. Podem investir
uma parte na nova companhia,
que, mais tarde, depois de seu saneamento, será muito atrativa para o mercado", disse.
Pulverização
O governo federal deve colocar
à venda as ações da nova companhia aérea que surgir a partir da
fusão entre a Varig e a TAM dentro de dois anos.
Esse é o prazo estipulado para
que a operação de fusão, combinada com um novo marco regulatório para o setor aéreo, possa resultar no saneamento das duas
companhias.
Depois do saneamento, o governo estuda pulverizar as ações
da companhia e permitir que os
trabalhadores, por meio do FGTS,
possam comprar parte da nova
empresa. A operação seria semelhante à venda das ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce com
recursos do FGTS.
Segundo Carneiro, a maior
preocupação do governo é evitar
que o controle da nova companhia aérea caia nas mãos de empresas de capital internacional.
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