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Etiqueta de segurança na origem pode virar padrão
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma "guerra das etiquetas"
acontece atualmente entre supermercados, fornecedores e empresas de segurança. Algumas grandes redes, com o objetivo de diminuir os gastos com etiquetas antifurto e acabar com os casos de
quem burla os sistemas de segurança, sugerem que os produtos já
venham etiquetados da fábrica.
O principal argumento do NEO
(Núcleo de Etiquetagem na Origem), formado por dez grupos
varejistas, entre eles Pão de Açúcar e Wal-Mart, é que alguns produtos são tão visados que têm de
ser confinados. Isso inibiria a
compra por impulso e faria as
vendas despencarem, caindo em
média 40%. O que afetaria também o lucro das indústrias.
O problema é que atualmente
há dois sistemas de segurança implantados nos supermercados: o
magnético, adotado apenas pela
empresa de segurança Plastrom
Sensormatic, que tem 60% do
mercado brasileiro; e o de radiofrequência, operado por 12 empresas. A maior é a CheckPoint.
Para que a etiquetagem na origem seja possível, é preciso definir um padrão, já que seria oneroso para os supermercados implantar os dois sistemas.
Essa é a grande dificuldade. Segundo analistas, quem defende o
sistema magnético afirma que ele
é utilizado pela maioria das grandes redes de supermercados. Mas
os supermercados temem ficar na
mão de uma única empresa de
equipamentos de segurança.
A pressão para que o produto
venha da indústria já com a etiqueta antifurto é grande. Alguns
grupos, como o Pão de Açúcar, já
têm fornecedores que adotam o
sistema e não aceitam novos fornecedores que não realizem a etiquetagem na origem.
Custos
Apesar do argumento financeiro a favor da etiquetagem na origem, os custos de adaptação da linha de produção e os diferentes
sistemas de segurança desanimam os fornecedores. Eles não
consideram a solução interessante a curto prazo.
"A médio prazo a etiquetagem
na origem deve se tornar um padrão. Mas não é algo previsto para
agora", afirma Vladimir Bastos de
Carvalho, gerente de trade marketing da Johnson & Johnson.
A Abras (Associação Brasileira
de Supermercados) pretende realizar um fórum neste ano para
que o assunto seja discutido pelo
setor.
(MP)
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