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MERCADO FINANCEIRO
Expectativa de que taxa seja mantida perde força com IPCA maior que o esperado; dólar cai 0,73%
Analistas divergem sobre destino dos juros
DA REPORTAGEM LOCAL
O IPCA de abril, divulgado ontem, não surpreendeu positivamente, como alguns esperavam.
Por conta disso, a previsão do
mercado permanece dividida para a reunião do Copom da próxima semana, entre alta moderada
e manutenção da taxa básica.
As projeções de juros futuros
permaneceram praticamente estáveis no pregão de ontem da
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros).
Índice que o governo utiliza para monitorar sua meta de inflação, o IPCA ficou um pouco acima das previsões do mercado. Para a consultoria GRC Visão, o resultado do índice de preços aumentou as possibilidades de a taxa básica de juros ser elevada em
0,25 ponto percentual. O Copom
(Comitê de Política Monetária) se
reúne entre terça e quarta-feira
para definir como fica a taxa básica Selic, que está em 19,50%.
"O BC terá vida difícil neste ano
para cumprir a meta de inflação
no limite superior de 7%. Portanto os juros devem subir novamente neste mês em 0,25 ponto",
avalia a GRC Visão.
Já análise do banco Fibra diz
que, apesar de o IPCA de abril ter
ficado um pouco acima das expectativas, não é "o suficiente para alterar o cenário para a próxima decisão de política monetária". O Fibra aposta na manutenção da taxa básica.
O contrato DI -que espelha a
oscilação dos juros praticados entre os bancos- de prazo de resgate mais curto fechou com taxa
de 19,57%.
Se o IPCA veio no teto das estimativas, o dólar devolveu a alta
registrada na terça-feira e deu
maior tranqüilidade àqueles que
apostam na manutenção dos juros básicos.
A moeda norte-americana
abriu em alta diante do real, mas a
presença de exportadores
-atraídos pela elevação da cotação anteontem- aumentou a
oferta e fez o dólar cair 0,73%, para os R$ 2,456.
O cenário externo, que sacudiu
o mercado na terça, deu uma trégua ontem. A queda do preço do
petróleo e a recuperação das Bolsas dos EUA -impulsionadas
pela divulgação de déficit comercial americano menor que o esperado- deram o tom do mercado.
No Brasil, a Bolsa de Valores de
São Paulo registrou forte volume
de negociação, mas encerrou com
pequena baixa de 0,26%. O giro
alcançou R$ 1,45 bilhão no pregão
de ontem.
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