São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Expectativa de que taxa seja mantida perde força com IPCA maior que o esperado; dólar cai 0,73%

Analistas divergem sobre destino dos juros

DA REPORTAGEM LOCAL

O IPCA de abril, divulgado ontem, não surpreendeu positivamente, como alguns esperavam. Por conta disso, a previsão do mercado permanece dividida para a reunião do Copom da próxima semana, entre alta moderada e manutenção da taxa básica.
As projeções de juros futuros permaneceram praticamente estáveis no pregão de ontem da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Índice que o governo utiliza para monitorar sua meta de inflação, o IPCA ficou um pouco acima das previsões do mercado. Para a consultoria GRC Visão, o resultado do índice de preços aumentou as possibilidades de a taxa básica de juros ser elevada em 0,25 ponto percentual. O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne entre terça e quarta-feira para definir como fica a taxa básica Selic, que está em 19,50%.
"O BC terá vida difícil neste ano para cumprir a meta de inflação no limite superior de 7%. Portanto os juros devem subir novamente neste mês em 0,25 ponto", avalia a GRC Visão.
Já análise do banco Fibra diz que, apesar de o IPCA de abril ter ficado um pouco acima das expectativas, não é "o suficiente para alterar o cenário para a próxima decisão de política monetária". O Fibra aposta na manutenção da taxa básica.
O contrato DI -que espelha a oscilação dos juros praticados entre os bancos- de prazo de resgate mais curto fechou com taxa de 19,57%.
Se o IPCA veio no teto das estimativas, o dólar devolveu a alta registrada na terça-feira e deu maior tranqüilidade àqueles que apostam na manutenção dos juros básicos.
A moeda norte-americana abriu em alta diante do real, mas a presença de exportadores -atraídos pela elevação da cotação anteontem- aumentou a oferta e fez o dólar cair 0,73%, para os R$ 2,456.
O cenário externo, que sacudiu o mercado na terça, deu uma trégua ontem. A queda do preço do petróleo e a recuperação das Bolsas dos EUA -impulsionadas pela divulgação de déficit comercial americano menor que o esperado- deram o tom do mercado.
No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo registrou forte volume de negociação, mas encerrou com pequena baixa de 0,26%. O giro alcançou R$ 1,45 bilhão no pregão de ontem.


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