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Crise causará década perdida, dizem Prêmios Nobel de Economia
DA REPORTAGEM LOCAL
Para os Prêmios Nobel de
Economia Joseph Stiglitz, Edward Prescott e Robert Mundell, a crise originada nos EUA
no ano passado levará o mundo
a dez anos de estagnação.
"O futuro é sombrio. Provavelmente teremos uma década
perdida", afirmou Stiglitz, que,
com outros laureados, participou de evento em São Paulo.
"Os EUA perderão uma década de crescimento, como o Japão depois da crise de 1992",
disse Prescott, na opinião de
quem a economia americana
está perto do fundo do poço.
Na avaliação de Stiglitz, os
EUA enfrentam vários problemas cuja solução ainda parece
estar longe, como o desemprego, que beira os 9% da população, e a desvalorização dos preços dos imóveis.
Discordando dos analistas
que já veem sinais de recuperação nos EUA, Stiglitz diz que a
crise "está no fim do começo, e
não no começo do fim". E mais:
o mundo inteiro experimentará esse estancamento, ressaltou Mundell. "O Brasil também
vai perder se os EUA e a Europa
e o Japão perderem."
Os economistas defenderam,
como parte da solução para a
crise, que os EUA reduzam impostos de empresas e cidadãos.
O ex-ministro brasileiro da
Fazenda Antonio Delfim Netto
prevê que o Brasil apresente
quedas do PIB no primeiro e no
segundo trimestre do ano. Segundo ele, uma retomada começaria a se desenhar no terceiro trimestre.
(DENYSE GODOY)
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