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Mercado Aberto
Guilherme Barros
guilherme.barros@uol.com.br
Copa do Mundo aquece venda de TVs e DVDs
A Copa do Mundo, que começou nesta sexta, aqueceu as
vendas de televisores e de aparelhos de DVD no país nos primeiros três meses do ano. Os índices de crescimento foram
de 43,75% para as TVs e de
26,24% para os DVDs nos primeiros três meses do ano, de
acordo com balanço preliminar
da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos
Eletroeletrônicos).
As vendas do setor eletroeletrônico no primeiro trimestre
subiram 7,61%, puxadas pela linha imagem e som, com expansão de 18%, e pela linha branca,
com aumento de 7,84%.
O presidente da Eletros, Paulo Saab, afirma que o crescimento da demanda no segmento de imagem e som foi estimulado principalmente pela Copa
do Mundo, mas aponta outras
razões, como a queda no preço
dos produtos, o aumento da
renda das classes C e D e pela
maior oferta de crédito, além
do apelo do consumidor pelas
novas tecnologias.
Na linha branca, as vendas de
refrigeradores e fogões cresceram a taxas de 12,61% e 8,49%,
respectivamente, enquanto
freezers verticais e horizontais
tiveram expansão de 51,61% e
8,29%, respectivamente.
O segmento de portáteis foi o
único que apresentou queda. A
retração foi de 6,57% em relação a 2005. A principal razão
para o desempenho negativo
foi a concorrência de produtos
importados, que se tornaram
mais competitivos devido à valorização do real, enquanto os
produtos fabricados no mercado interno mantiveram seus
preços estáveis.
No segundo semestre, Paulo
Saab prevê um desempenho
melhor nas linhas branca e de
portáteis, em razão das vendas
de final de ano. No caso do segmento de imagem e som, mais
especificamente de televisores,
como as vendas no primeiro e
no segundo trimestres estão
sendo favorecidas pela Copa do
Mundo, na Alemanha, e até há
uma antecipação de compras
por parte dos consumidores, a
tendência é que esse segmento
cresça menos no segundo semestre.
A expectativa do presidente
da Eletros é que, na média, o setor eletroeletrônico de consumo mantenha a projeção de
crescer entre 16% e 17% no acumulado deste ano.
CABO-DE-GUERRA
O governo do Estado atrasou em mais de cem dias o
pagamento a empreiteiras
pela conservação de estradas em São Paulo, e o ritmo
dos trabalhos anda a passos
de tartaruga. A dívida do
DER já supera R$ 30 milhões. O Sinicesp (o sindicato da construção pesada)
responsabiliza "a tortuosa
contabilidade estatal". O
sindicato também acusa o
governo de ter feito um desconto irregular de imposto
em uma centena de precatórios recebidos por empresas
da construção pesada. Um
erro burocrático tirou das
empresas 27,5%, quando deveria descontar apenas 5%.
A falha foi detectada, e o dinheiro -cerca de R$ 10 milhões- não foi devolvido às empreiteiras. O presidente
do Sinicesp, Carlos Pacheco
Silveira, tem tentado em vão
uma audiência com o governador Cláudio Lembo para
buscar uma solução, mas até
agora não foi atendido. Silveira até sugeriu mudar o
nome da entidade para Sindicato da Indústria da Construção Quebrada.
PREVIDÊNCIA
O volume de novos depósitos no sistema de previdência complementar aberta cresceu 23,18% no primeiro quadrimestre do ano,
chegando a R$ 6,47 bilhões,
segundo a Associação Nacional da Previdência Privada. Em abril, as captações
cresceram 13% com relação
ao mesmo período de 2005,
totalizando R$ 1,5 bilhão. O
VGBL cresceu 50%, e o
PGBL, 6,86%, em relação ao
mesmo período de 2005.
COMÉRCIO EXTERIOR
O Balcão de Comércio Exterior do Banco do Brasil
movimentou neste ano
US$ 1,33 milhão em exportações. O balcão tem 5.861
exportadores habilitados e
2.199 importadores cadastrados que operam até
US$ 20 mil cada uma.
TRABALHO INFANTIL
A Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do
Trabalho firmou parceria
com a Fundação Abrinq
contra o trabalho infantil.
ECOLOGIA EM FRASCOS
De olho no segmento de luxo do mercado de perfumaria
e na crescente onda "ecológica", a Du Plessis lança uma
linha produzida com recursos sustentáveis, a Amazônia
Viva, depois de três anos de pesquisas e investimentos de
R$ 3 milhões. "Queríamos oferecer uma linha com ativos
exclusivamente botânicos, da Amazônia", diz Maria Cristina Gomes Ferreira, diretora-geral da Du Plessis.
INTERESSE AMERICANO
Negociar parcerias com instituições brasileiras e atrair um
número maior de estudantes, além de estabelecer contatos
para futuros eventos no país. Com tais objetivos, visitou São
Paulo nos últimos dias o moçambicano João Aleixo, diretor
do novo Departamento de Relações Internacionais da tradicional Universidade Yale. Nas reuniões com a USP, por
exemplo, foi discutida a possibilidade de a instituição "hospedar" professores de Yale, além do desenvolvimento de
cursos de pós-graduação. Outro objetivo, diz Aleixo, é fortalecer entidades de ex-alunos e contatos com possíveis patrocinadores para viabilizar eventos com a participação de professores da casa, a exemplo do existente em outros países.
IMPORTAÇÕES
Ao analisar as contas nacionais trimestrais do IBGE,
o economista José Roberto
Afonso, da assessoria do
PSDB, detectou uma curiosidade preocupante. Nos
primeiros três meses deste
ano, as importações registraram a maior alta desde
1996. Entre o primeiro trimestre de 2006 e o último
de 2005, a alta foi de 11,7%
em termos reais, com ajuste
sazonal. Esta taxa só não supera os 45,9% do 4º trimestre de 1994, no auge do Real, e a de 12,9% do 4º trimestre
de 1996.
SEGUROS
Cerca de 64% das pequenas e médias empresas preferem contratar seguros
com corretores a fazê-lo em
bancos ou diretamente com
as seguradoras, segundo
pesquisa da Ábaco para o
Sindicato dos Corretores de
Seguros do Estado de SP. Segundo o estudo, feito com
cem empresas de São Paulo,
81% têm seguro-saúde, 76%,
seguro empresarial, 57%
têm seguro de vida coletivo,
e 56%, de frota de veículos.
ENERGIA EM LEILÃO
Na próxima semana, a Comerc -comercializadora e
gestora independente de
energia- realizará mais um
leilão de compra de energia
elétrica para o período entre
2007 e 2015. Serão negociados até 8.409,6 GWh ou
aproximadamente R$ 850
milhões. No chamado "leilão
reverso", as geradoras de
energia farão ofertas de fornecimento para um agente
de mercado representado
pela Comerc.
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