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Regra de álcool deve ser fechada com EUA e passar a ser global
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo brasileiro traçou
duas estratégias distintas sobre
as especificações técnicas de
biocombustíveis: para o biodiesel, o trabalho será de médio
prazo com as apostas mais altas
no diálogo do Mercosul com a
União Européia. Já no caso do
álcool, a idéia é fechar uma norma com os Estados Unidos e
apresentá-la como definitiva ao
resto do mundo.
O motivo das diferenças
guarda relação com a decisão
política de Luiz Inácio Lula da
Silva sobre o uso de cada biocombustível. O programa do álcool, que já caminha sozinho,
deve se voltar quase totalmente
para vendas aos Estados Unidos, maior consumidor mundial de gasolina e que já deu indicações de esgotamento de
sua área agricultável.
"As nossas normas de álcool,
em alguns parâmetros, são até
mais rígidas do que as dos EUA.
A idéia é que essa especificação
siga os parâmetros dos dois países, queremos ter uma norma
ISO para biocombustíveis",
afirmou José Nilton de Souza
Vieira, do Departamento de
Cana e Agroenergia do Ministério da Agricultura.
Já o biodiesel, a menina-dos-olhos do governo, deve representar batalha maior.
Lula demonstrou que o objetivo do programa é reduzir o
uso de combustíveis fósseis no
país, daí a possibilidade de antecipar a meta de uso de 5% de
biodiesel na mistura nas bombas dos postos.
O problema, aí, é atrair a iniciativa privada. O programa do
governo dá isenção de PIS e Cofins apenas para a agricultura
familiar, nas regiões Norte e
Nordeste e só para o cultivo de
mamona ou dendê.
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