da Reportagem Local

A inflação subiu menos no mês passado, segundo dois índices de preços divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que passa a servir de parâmetro para o Banco Central definir as taxas de juros, registrou aumento de 0,30% em maio, contra 0,56% em abril e 1,10% em março.
Pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a inflação de maio foi de 0,05%, inferior ao 0,47% registrado em abril e ao 1,28% apurado em março.
A diferença de resultados se deve à base de cálculo dos dois indicadores. O IPCA reflete o consumo de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC se baseia em famílias com chefe assalariado e renda entre 1 e 8 mínimos ao mês.
O principal responsável pelo recuo do INPC em maio foi a comida (-1,11%), puxada pela queda de 13,65% no preço do feijão carioquinha. Outros produtos contribuíram subindo menos -o gás de botijão subiu 3,62% em maio, contra 5,94% em abril, e a gasolina, 2,99%, contra 5,65% em abril.
O IBGE também destaca a queda dos aluguéis residenciais (-0,34%) e a alta dos produtos farmacêuticos (2,82%).
Nas cidades em que é realizada a coleta de dados, a taxa mais baixa (0,05%) do IPCA foi registrada em Belém e em Recife, e a mais alta, em Brasília (0,78%). Em São Paulo, os preços subiram 0,27% para as famílias de renda mais alta (IPCA) e caíram 0,01% para as de renda mais baixa (INPC).
Nos últimos 12 meses até maio, a inflação acumulada atinge 3,19% pelo INPC e 3,14% pelo IPCA. No acumulado dos cinco primeiros meses de 99, o INPC registra 3,79%, contra 3,09% em maio do ano passado, e o IPCA, 3,76%, contra 2,27% em maio de 98.


Texto Anterior: IPCA vai orientar o "targeting inflation"
Próximo Texto: Rio lidera a recuperação da produção industrial em abril
Índice