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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa volta a subir com energéticas
da Reportagem Local
O bom desempenho das ações de
companhias energéticas e telefônicas, a exemplo do que havia acontecido anteontem, ajudou a Bolsa
de Valores de São Paulo a fechar
em alta de 0,13%, ontem.
Se dependesse somente dos fatores internos, a Bolsa poderia ter alcançado um desempenho melhor.
A Bovespa chegou a atingir alta de
1,36% pela manhã, repetindo a
boa performance de anteontem,
quando fechou com valorização
de 1,82%.
Mas a queda constante do índice
Dow Jones limitou o desempenho
da Bovespa.
A Bolsa de Nova York fechou em
baixa de 1,23%, alimentada pelos
dados econômicos divulgados pelo governo norte-americano. O
que mais causou preocupação foi
o aumento de 1% das vendas no
varejo -o maior em três meses.
Em São Paulo, o pregão foi tomado por uma onda de boatos.
Um deles dizia que o Fed (banco
central dos EUA) iria se reunir extraordinariamente e comunicar o
aumento na taxa de juros, para
conter a pressão inflacionária.
A elevação dos juros não aconteceu, mas só o temor fez com que a
Bovespa registrasse queda de
0,71% durante o pregão.
Para operadores, se os juros aumentarem nos EUA, poderá ocorrer uma saída de capital estrangeiro da Bolsa brasileira.
Os investidores procurariam os
T-Bonds, títulos norte-americanos (que estariam mais rentáveis).
A saída já começou a ser sentida
pelos C-Bonds, os títulos da dívida
brasileira mais comercializados
no exterior. Eles apresentaram
queda de 0,96% no valor de face
em relação a anteontem.
A valorização de papéis de empresas energéticas e de telefonia,
no entanto, ajudou a Bovespa a fechar em alta.
A permissão do reajuste de tarifas nos dois setores, dada pelo governo, fez com que houvesse uma
corrida por papéis das empresas.
Ontem, os destaques foram os
papéis da Cesp, que se valorizaram
4,9%, e os da Vale do Rio Doce (siderúrgica), com alta de 6,5%.
Os juros no mercado DI recuaram. A taxa projetada para julho
(vencimentos de contratos em
agosto) ficou em 21,40% ao ano,
com queda de 0,12 ponto percentual em relação a anteontem.
O mercado DI engloba contratos
futuros, remunerados por variação diária e lastreados em depósitos financeiros.
(MARCELO DIEGO)
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