São Paulo, Sábado, 12 de Junho de 1999
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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa volta a subir com energéticas

da Reportagem Local

O bom desempenho das ações de companhias energéticas e telefônicas, a exemplo do que havia acontecido anteontem, ajudou a Bolsa de Valores de São Paulo a fechar em alta de 0,13%, ontem.
Se dependesse somente dos fatores internos, a Bolsa poderia ter alcançado um desempenho melhor. A Bovespa chegou a atingir alta de 1,36% pela manhã, repetindo a boa performance de anteontem, quando fechou com valorização de 1,82%.
Mas a queda constante do índice Dow Jones limitou o desempenho da Bovespa.
A Bolsa de Nova York fechou em baixa de 1,23%, alimentada pelos dados econômicos divulgados pelo governo norte-americano. O que mais causou preocupação foi o aumento de 1% das vendas no varejo -o maior em três meses.
Em São Paulo, o pregão foi tomado por uma onda de boatos. Um deles dizia que o Fed (banco central dos EUA) iria se reunir extraordinariamente e comunicar o aumento na taxa de juros, para conter a pressão inflacionária.
A elevação dos juros não aconteceu, mas só o temor fez com que a Bovespa registrasse queda de 0,71% durante o pregão.
Para operadores, se os juros aumentarem nos EUA, poderá ocorrer uma saída de capital estrangeiro da Bolsa brasileira.
Os investidores procurariam os T-Bonds, títulos norte-americanos (que estariam mais rentáveis).
A saída já começou a ser sentida pelos C-Bonds, os títulos da dívida brasileira mais comercializados no exterior. Eles apresentaram queda de 0,96% no valor de face em relação a anteontem.
A valorização de papéis de empresas energéticas e de telefonia, no entanto, ajudou a Bovespa a fechar em alta.
A permissão do reajuste de tarifas nos dois setores, dada pelo governo, fez com que houvesse uma corrida por papéis das empresas.
Ontem, os destaques foram os papéis da Cesp, que se valorizaram 4,9%, e os da Vale do Rio Doce (siderúrgica), com alta de 6,5%.
Os juros no mercado DI recuaram. A taxa projetada para julho (vencimentos de contratos em agosto) ficou em 21,40% ao ano, com queda de 0,12 ponto percentual em relação a anteontem.
O mercado DI engloba contratos futuros, remunerados por variação diária e lastreados em depósitos financeiros. (MARCELO DIEGO)


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