São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2001

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Empresários e políticos acham desvalorização do peso inevitável

DA REPORTAGEM LOCAL


Durante o almoço organizado pelo jornal "Valor", ontem, com o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, uma pesquisa Datafolha realizada com 168 participantes revelou que a maioria acredita que a desvalorização do peso argentino é inevitável, e que o Brasil deve crescer entre 2% e 3% neste ano. Participaram do evento empresários, executivos, políticos e representantes da sociedade civil.
Para 95% dos entrevistados pelo Datafolha, a desvalorização da moeda argentina, o peso, é inevitável. Outros 55% dizem acreditar que a taxa de crescimento da economia brasileira deverá ficar entre 2% e 3% neste ano.
A maioria dos entrevistados - 56%- disse também não acreditar que as recentes intervenções do BC (Banco Central) no mercado de câmbio conseguirão segurar a alta do dólar em relação ao real. No entanto, 54% dizem acreditar que o BC não deveria subir a taxa de juros para conter a alta da moeda norte-americana.
As projeções dos entrevistados sobre o comportamento das taxas de câmbio e de inflação variaram bastante.

Inflação
No caso da inflação, 43% dizem avaliar que a taxa anual deverá ficar em até 6% neste ano, dentro, portanto, da meta do governo de 4% com margem de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.
Outros 40%, no entanto, avaliam que a taxa de inflação deverá oscilar entre 6% e 8% neste ano.
O dólar deve chegar ao final do ano valendo R$ 2,40 para 32% dos entrevistados e entre R$ 2,40 e R$ 2,60 para 37%. Outros 29% acreditam que a cotação da moeda norte-americana deverá ficar entre R$ 2,60 e R$ 3 até o final de 2001. Apenas 1% das pessoas entrevistadas disseram que o dólar valerá mais do que R$ 3 no final do ano.

Cenário
Os entrevistados também se mostraram divididos a respeito da melhora do cenário econômico brasileiro. Para 39%, a situação da economia brasileira deve melhorar até o final do governo Fernando Henrique Cardoso.
Dos entrevistados, 24% dizem acreditar que o quadro econômico piora até o final de 2002.
A avaliação de 36% das pessoas entrevistadas ontem pelo Datafolha é que a conjuntura econômica atual não mudará até o final do mandato do presidente Fernando Henrique.



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