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Empresários e políticos acham desvalorização do peso inevitável
DA REPORTAGEM LOCAL
Durante o almoço organizado
pelo jornal "Valor", ontem, com o
ex-presidente dos Estados Unidos
Bill Clinton, uma pesquisa Datafolha realizada com 168 participantes revelou que a maioria
acredita que a desvalorização do
peso argentino é inevitável, e que
o Brasil deve crescer entre 2% e
3% neste ano. Participaram do
evento empresários, executivos,
políticos e representantes da sociedade civil.
Para 95% dos entrevistados pelo
Datafolha, a desvalorização da
moeda argentina, o peso, é inevitável. Outros 55% dizem acreditar
que a taxa de crescimento da economia brasileira deverá ficar entre 2% e 3% neste ano.
A maioria dos entrevistados -
56%- disse também não acreditar que as recentes intervenções
do BC (Banco Central) no mercado de câmbio conseguirão segurar a alta do dólar em relação ao
real. No entanto, 54% dizem acreditar que o BC não deveria subir a
taxa de juros para conter a alta da
moeda norte-americana.
As projeções dos entrevistados
sobre o comportamento das taxas
de câmbio e de inflação variaram
bastante.
Inflação
No caso da inflação, 43% dizem
avaliar que a taxa anual deverá ficar em até 6% neste ano, dentro,
portanto, da meta do governo de
4% com margem de dois pontos
percentuais para baixo ou para cima.
Outros 40%, no entanto, avaliam que a taxa de inflação deverá
oscilar entre 6% e 8% neste ano.
O dólar deve chegar ao final do
ano valendo R$ 2,40 para 32% dos
entrevistados e entre R$ 2,40 e R$
2,60 para 37%. Outros 29% acreditam que a cotação da moeda
norte-americana deverá ficar entre R$ 2,60 e R$ 3 até o final de
2001. Apenas 1% das pessoas entrevistadas disseram que o dólar
valerá mais do que R$ 3 no final
do ano.
Cenário
Os entrevistados também se
mostraram divididos a respeito
da melhora do cenário econômico brasileiro. Para 39%, a situação
da economia brasileira deve melhorar até o final do governo Fernando Henrique Cardoso.
Dos entrevistados, 24% dizem
acreditar que o quadro econômico piora até o final de 2002.
A avaliação de 36% das pessoas
entrevistadas ontem pelo Datafolha é que a conjuntura econômica
atual não mudará até o final do
mandato do presidente Fernando
Henrique.
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