DA SUCURSAL DO RIO

O seminário sobre política monetária realizado ontem pelo BC na sua sede regional do Rio passou longe do PT, o partido do presidente Lula. Não havia nenhum petista declarado entre os palestrantes ou coordenadores de mesas.
O ambiente também não lembrava o de um evento promovido por uma instituição de governo petista. Todos os trabalhos relacionados no programa tinham seus títulos em inglês. Dos 17 participantes de mesas, só 4 eram estrangeiros.
Alexandre Schwartsman, do Unibanco, e Armínio Fraga apresentaram transparências em inglês em suas palestras. Fraga pediu desculpas à platéia, alegando que o material havia sido usado antes em uma apresentação que ele fizera nos EUA.
A principal autoridade presente era o próprio presidente do BC, Henrique Meirelles, que, no ano passado, foi eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás (Meirelles renunciou ao mandato para assumir o BC).
As principais estrelas do evento eram economistas identificados com as propostas do governo passado, começando por Fraga, antecessor de Meirelles no comando do BC.
Diretores do BC na gestão de Fraga, Daniel Gleizer e Sergio Werlang comandaram mesas de debates. Segundo a assessoria de imprensa do BC, a escolha dos participantes foi "técnica".


Texto Anterior: Ex-presidente do banco critica falta de compromisso com taxa de câmbio
Próximo Texto: Dragão adormecido: SP registra a maior deflação em 4 anos
Índice