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INVESTIMENTOS
Comissão aprova Política Nacional de Saneamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Aprovado por unanimidade na comissão mista do
Congresso, o novo projeto de
Política Nacional de Saneamento Ambiental prevê que
investimentos feitos pelas
empresas de água e esgoto
poderão ser abatidos no pagamento de tributos federais
como a Cofins e a contribuição para o PIS.
Nos três primeiros anos de
governo Lula, a União recebeu em tributos das empresas R$ 860 milhões a mais do
que investiu em saneamento
com dinheiro dos impostos.
O texto propõe dar fim ao
impasse que marcou, nos últimos anos, a tentativa de definição de regras claras para
o setor -cuja ausência, segundo especialistas, inibe os
investimentos. Mas ele ainda
precisa ser aprovado nos plenários da Câmara e do Senado antes de ir à sanção presidencial, possivelmente até o
fim do ano. Não está previsto
impacto imediato sobre as
tarifas cobradas por serviços
de água e esgoto.
"A estabilidade jurídica
proporcionada pela lei certamente atrairá novos investimentos para a área de saneamento", comemorou o relator, deputado Julio Lopes
(PP-RJ). O projeto aprovado
resulta de um acordo selado
na véspera no Palácio do Planalto. Na reunião, que só terminou na madrugada de ontem, o governo abriu mão da
proposta que atribuía aos
municípios o controle dos
serviços de saneamento.
De acordo com a expectativa de representantes das
empresas estaduais de saneamento, o dispositivo que
permite a conversão de investimentos em créditos tributários aumentará em cerca de R$ 1 bilhão os investimentos por ano no setor.
O aumento dos tributos é
uma das principais queixas
dessas empresas. A Cofins e a
contribuição para o PIS consomem o equivalente a 7,13%
das receitas.
O projeto também autoriza o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a
investir em fundos de investimentos em saneamento,
assim como na compra de
ações de empresas do setor.
(MARTA SALOMON)
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