ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem vender bebidas a mais, a AmBev (dona das marcas Skol, Brahma, Bohemia e Antarctica) registrou alta de 16,8% na receita líquida no segundo trimestre, que atingiu R$ 2,1 bilhões. O lucro líquido deu um salto de 106,3% sobre o mesmo período do ano passado e atingiu R$ 265 milhões.
No primeiro semestre do ano não foram consumidas mais bebidas das marcas. O volume de cervejas entregue ao varejo caiu 6,7%. No caso de refrigerantes, a redução foi de 2,2% no mercado interno, na comparação com 2003. De abril a junho, a retração na quantidade vendida foi de 7,3% e 6%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
A estratégia: "Utilizando pequenos reposicionamentos de preços, cuidadosamente definidos por embalagem, marca e região, fomos capazes de manter a rentabilidade da companhia sem prejudicar a sua participação de mercado", afirma Carlos Brito, diretor-geral do grupo.
Em outro momento, ao comentar o desempenho de refrigerantes, o grupo informa que houve um impacto positivo nos resultados com o melhor mix de marcas, a maior venda de itens por sua rede de distribuição e as "iniciativas de preços".
Questionada pela Folha, a companhia esclarece que não aumentou preços recentemente. Diz que o que houve foi uma melhora na participação na venda de marcas "premium", cujo preço é maior que o das cervejas consideradas tradicionais. E afirma que alterou a sua política de descontos nos preços, definida em conversas com o varejo.


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