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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Basiléia 2 aumenta concentração bancária
A turbulência nos mercados
globais e a regulação cada vez
maior do sistema financeiro
podem levar a um aumento da
concentração bancária no Brasil. Nos últimos anos, a concentração bancária tem crescido
significativamente no país. Em
1999, os dez maiores bancos detinham 70% do total de ativos.
Em 2006, o índice foi a 82,2%.
A conclusão consta de artigo
da economista do BNDES Lavinia Barros de Castro intitulado
"Regulação Financeira - Discutindo o Acordo de Basiléia" a
ser lançado amanhã pelo banco. Uma das conclusões do trabalho é que o Acordo de Basiléia 2, que deve ser adotado no
Brasil em 2011, deverá exacerbar a concentração bancária.
A economista explica que o
ponto central do Acordo de Basiléia 2 é de passar definitivamente de uma estratégia de regulação tutelar para um método em que os próprios bancos
são incentivados a mensurar
seus riscos e melhorar seus sistemas internos de controle.
Como os grandes bancos são
mais sofisticados e têm mais
condições de desenvolver seus
próprios modelos de riscos, Basiléia 2 irá favorecê-los, já que
as instituições de menor porte
terão de se submeter a regras
determinadas pelo BC.
Segundo Lavinia, o banco
que consegue desenvolver o
seu próprio modelo de risco obtém uma redução de custos de
até 30%. Já as instituições que
se submetem a outros modelos
de riscos podem ter seus custos
aumentados em 40%.
A economista diz que não há
ainda uma solução clara para
contornar essa tendência de o
Acordo de Basiléia 2 exacerbar
a concentração bancária, mas
algumas iniciativas localizadas
já estão sendo feitas. Nos Estados Unidos, por exemplo, está
em estudo a criação de um
Acordo de Basiléia 1A, com o
objetivo de criar um marco regulatório intermediário que
não prejudique tanto os bancos
de médio porte.
A concentração bancária é
uma tendência mundial. A própria estabilidade da economia,
exigindo maior ganho de escala
dos bancos, contribui para isso.
As turbulências no mercado financeiro também tornam o sistema mais seletivo e ampliam a
concentração.
Gustavo Franco lança "A Economia em Pessoa" em SP
O ex-BC e atual sócio da
Rio Bravo Investimentos,
Gustavo Franco, lança o livro "A Economia em Pessoa", na próxima terça-feira,
na Livraria da Vila, em São
Paulo. Segundo volume da
Série Rio Bravo, o livro fala
sobre a atualidade dos artigos de cunho econômico escritos por Fernando Pessoa
na década de 20.
HOMEM NA COZINHA
Está em São Paulo, nesta semana, um dos mais jovens
chefs três estrelas do "Guia Michelin", Pascal Barbot, sócio
do L'Astrance, restaurante na região do Trocadéro, em Paris. A convite da consultora Margot Botti, Barbot veio conhecer o país, comandar jantares no Rio (nos restaurantes
Olympe, de Claude Troisgros, na última semana) e em São
Paulo (no D.O.M., de Alex Atala, na segunda e na terça), ministrar uma aula no Centro Universitário Senac, na última
sexta, e, entre suas prioridades, conhecer o mercado público
de Belém. Com 34 anos, Barbot foi foco durante a abertura
da edição 2007 do Madrid Fusion, na Espanha, que teve como tema principal A Cozinha e a Natureza.
NA MAQUETE
A arquiteta e designer de interiores Débora Aguiar, que
há cinco anos aumentou sua atuação no mercado imobiliário com pavimentos de lazer e apartamentos decorados,
agora expande seu trabalho para fora do Brasil. Aguiar
acaba de entregar um projeto em Palm Beach, nos EUA.
Seu escritório está em negociação para fazer projetos em
Luanda (Angola), Dubai (Emirados Árabes), Las Vegas
(EUA) e Cidade do Cabo (África do Sul). "Para este ano, o
escritório deve crescer cerca de 30%, principalmente em
projetos para o mercado imobiliário", diz Aguiar. Entre os
principais clientes estão Gafisa, Even e Cyrela.
ENERGIA
Novas tendências para a
bioenergia, o exemplo brasileiro das hidrelétricas, as
energias eólica e solar são alguns dos assuntos da Eco
Power Conference, fórum
de energia renovável, que
acontece de 28 a 30 de novembro, em Florianópolis.
REFRESCO
A Fischer América ganhou concorrência da Ajinomoto para as contas dos refrescos em pó Mid e Fit, em
disputa com mais três agências. A verba do cliente está
entre R$ 12 milhões e R$ 15
milhões. O segmento de refresco em pó, em 2006, teve
vendas de R$ 2 bilhões.
DE AÇO
A Unigal, joint venture entre Usiminas e Nippon Steel,
fechou o primeiro semestre
com receita de R$ 108,7 milhões, valor 44% superior ao
registrado no mesmo período de 2006. A Unigal bateu
recorde de produção em julho, com 41,2 mil toneladas.
MOLÉCULA
A Unifesp e a Novartis planejam desenvolver e patentear a primeira molécula
brasileira. O presidente do
laboratório, Alexander
Triebnigg, e o reitor Ulysses
Fagundes Neto assinaram
convênio que prevê intercâmbio científico e tecnológico entre as instituições.
RESSEGUROS
A Secretaria Municipal de
Relações Internacionais de
São Paulo realizará o seminário "São Paulo e o Novo
Resseguro do Brasil", na
próxima quinta, no auditório da prefeitura. No mercado de resseguros brasileiro,
51,52% dos prêmios estão
em São Paulo.
INTIMADOS
Em julho, a apresentação
de títulos no Serviço Central
de Protesto aumentou para
208.903 títulos, contra
198.313 em junho, segundo
pesquisa do Instituto de
Protesto de Títulos de SP.
Foram devolvidos como irregulares 25.715 títulos, que
não puderam ser intimados.
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