São Paulo, quarta-feira, 12 de agosto de 2009

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ÁSIA

Bancos seguram crédito, e economia da China esfria

DO "FINANCIAL TIMES", EM PEQUIM

A alta na economia chinesa se desacelerou ligeiramente em julho, porque os bancos estatais atenderam às instruções de Pequim para que limitassem seus empréstimos excessivos. O volume de novos empréstimos se reduziu em 77% ante junho.
A maioria dos indicadores econômicos sugere, no entanto, que continua a forte recuperação, em larga medida como resultado do investimento público e de empréstimos concedidos por instrução do governo, que resultaram em quase 300% de aumento no montante de novos empréstimos durante os sete primeiros meses do ano, ante o total do período em 2008.
A produção industrial se expandiu em 10,8% em julho ante o mês no ano anterior, abaixo do previsto por economistas. O investimento em ativos fixos cresceu em 32,9% ante o total do período em 2008, o que indica certa desaceleração em julho.
Importantes líderes chineses vêm enfatizando repetidamente seu compromisso para com uma política monetária "moderadamente frouxa", mas temores quanto a bolhas que parecem estar se formando no setor de imóveis e nas Bolsas levaram o banco central e as autoridades regulatórias do setor financeiro a ordenar que os bancos desacelerassem seus empréstimos em julho.
Como resultado, os empréstimos novos em julho se reduziram a 356 bilhões de yuans (US$ 52 bilhões), o mais baixo total mensal desde outubro, e muito abaixo do 1,53 trilhão de yuan em junho, de acordo com dados divulgados pelo banco central chinês ontem.
Para analistas, essa política de "aperto disfarçado" será substituída por medidas abertas de aperto monetário a serem tomadas quando a recuperação do crescimento estiver mais firme, provavelmente no quarto trimestre.


TRADUÇÃO DE PAULO MIGLIACCI


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