São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Em 20 anos, SP elimina colheita manual da cana

DA REDAÇÃO

A mecanização é "quase inevitável", mas o homem não deve ser esquecido nesse contexto, diz Ademir Müeller, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná.
Para ele, os trabalhadores devem ter crédito de longo prazo do governo para comprar terra e tempo e possibilidade de requalificação.
Um dos exemplos citados por Müeller é o da cana-de-açúcar. A cada máquina que passa a operar, pelo menos cem trabalhadores deixam de trabalhar. Nesse setor, a mecanização acabou sendo uma exigência das próprias leis ambientais, e os trabalhadores terão até duas décadas para readaptar-se.
Preocupação com o social, adaptação a custos de produção e exigências ambientais levaram o setor a ter uma legislação específica para a queima da palha da cana no Estado de São Paulo -o maior produtor nacional.
Segundo essa lei, de 2000, os produtores paulistas têm de reduzir a queima da cana em 25% a cada cinco anos.
Sem a queima, a colheita deixará de ser manual, e feita apenas por máquinas. Dois motivos devem afastar os trabalhadores da colheita da cana crua: queda na produtividade e o perigo de serem atacados por animais peçonhentos, como cobras.

Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Prefeito em GO demite 2.000 trabalhadores
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.