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Ministro tenta antecipar fim de tarifa dupla
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Celso Amorim
quer adiantar o cronograma
para acabar com a dupla tarifa da TEC (Tarifa Externa
Comum), marcado para
2008, como forma de compor os benefícios que pretende oferecer aos sócios menores do Mercosul. O objetivo é
evitar que Uruguai e Paraguai, descontentes, abandonem o bloco, mas ele disse
que a mudança depende do
Ministério da Fazenda.
Ontem, em almoço oferecido por ele ao chanceler paraguaio, Rubén Ramírez
Lezcano, justificou a demora
para a medida à resistência
da Receita Federal.
O secretário da Receita,
Jorge Rachid, que estava no
almoço, afirmou que a medida não é de fácil implementação porque é necessário antes acabar com as perfurações da TEC, para não prejudicar a proteção comercial
do Mercosul. As perfurações
da TEC são as exceções que
permitem que determinados
produtos oriundos de terceiros mercados entrem no bloco pagando tarifas diferentes, dependendo do porto pelo qual entra no Mercosul.
Como não há regras para a
repartição da receita aduaneira, os quatro países (a Venezuela ainda não participa
da TEC) cobram impostos de
importação, quando isso deveria ocorrer só uma vez. Para o Paraguai, a arrecadação
desse impostos representa
40% da receita tributária,
enquanto, no Brasil, 2,5%.
Diante dos problemas de
integração, o Uruguai começou no fim de 2005 a discutir
formas de negociar com os
EUA. Na época, o governo
brasileiro disse que isso poderia acabar com o bloco.
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