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Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br
MOEDA DE TROCA
Os deputados federais ligados ao setor agrícola devem dar
voto favorável à manutenção
da CPMF -o tributo do cheque. Em troca, no entanto, querem atuação e aprovação rápidas do governo na questão da
renegociação das dívidas dos
produtores rurais.
NÃO À CANA
Alguns produtores paranaenses que estavam dispostos
a trocar a soja pela cana-de-açúcar estão reavaliando a decisão. Diante da boa retomada
dos preços do produto, tanto no
mercado interno como no externo, preferem continuar com
a oleaginosa, que tem ciclo
mais curto de produção.
MERCADO AQUECIDO
Os bons tempos voltaram. A
soja foi negociada ontem a R$
40,50 por saca no porto de Paranaguá, o maior valor desde
julho de 2004. Naquele ano, a
oleaginosa chegou ao preço histórico de R$ 55 por saca no porto paranaense. Nos últimos 30
dias, o produto acumula elevação de 6,5%.
ANO DO MILHO
Se tudo vai bem com a soja,
vai melhor ainda com o milho.
"Este será o ano do milho", diz
Fernando Muraro, da Agência
Rural. Os preços estão no patamar recorde de R$ 27 por saca
no porto de Paranaguá, com
evolução de 20% nos últimos
30 dias.
AGRESSIVO
Para Muraro, essa forte evolução nos preços da soja e do
milho ocorre devido à "agressividade do mercado externo e à
escassez de produto no mercado físico". Na avaliação dele, o
Brasil exporta de 9 milhões a 10
milhões de toneladas neste ano
e supera 10 milhões de toneladas no próximo.
MAIS GRÃOS
Os dados de ontem do IBGE
indicam que a safra de grãos
deste ano poderá ficar em 133,8
milhões de toneladas. Se confirmado, esse volume supera
em 14,3% os 117 milhões obtidos no ano anterior. Esse recorde de produção se deve à boa
produtividade de três itens: milho, soja e trigo.
LÍDER
Após a baixa produtividade
em 2006, o trigo deve render
2.227 quilos por hectare neste
ano, 40% a mais. A produção
total sobe para 4 milhões de toneladas, 61% a mais do que a
anterior. A produtividade do
milho cresce 12%, na média das
duas safras, elevando a produção total para 52,2 milhões de
toneladas. Já a produtividade
da soja cresce 19%, garantindo
safra de 58,2 milhões.
RITMO MENOR
Os preços médios recebidos
pela agropecuária paulista se
desaceleraram no início deste
mês. Segundo o IEA, na primeira quadrissemana, a alta foi de
1,49%, contra 3,84% no fechamento de agosto.
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