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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@grupofolha.com.br
Minas seguirá São Paulo na suspensão de crédito de ICMS
O governo do Estado de Minas Gerais seguirá o governo
paulista na suspensão de créditos de ICMS para empresas exportadoras, a partir de janeiro
de 2010, se não forem alocados
recursos do governo federal para compensar as perdas que os
Estados têm com a desoneração do imposto.
O secretário da Fazenda mineira, Simão Cirineu, disse que
se o Estado não receber os recursos do governo federal, como estabelece a Lei Kandir, não
terá como arcar com toda a perda da arrecadação.
"Temos uma perda fantástica. Minas Gerais, como, acredito, outros Estados também, fará a suspensão do uso de créditos de ICMS para exportadores,
se os valores não forem repassados ao Estado", afirma.
"Não podemos tirar os recursos da educação e da saúde. Estamos no mesmo caminho de
São Paulo", acrescenta.
Minas é, depois de São Paulo,
o Estado que mais perde com o
uso de créditos pelos exportadores. Neste ano, a projeção é
de quase R$ 4 bilhões.
O secretário da Fazenda paulista, Mauro Ricardo Costa,
anunciou anteontem a decisão
do governo de São Paulo de suspender a utilização de créditos
do imposto, a partir de janeiro
do ano que vem.
Hoje, créditos relativos à entrada de material empregado
na produção de produtos para
exportação podem ser utilizados no pagamento de fornecedores ou transferidos para outras empresas.
Ambos os secretários, que já
vinham descontentes por não
serem totalmente ressarcidos
das perdas, reclamam do fato
de o governo federal não ter
alocado recursos aos Estados
no Orçamento Geral da União.
A alteração da norma que beneficia exportadores será feita
por decreto do governo de São
Paulo. Não precisa ser votada
porque não é matéria de lei.
O secretário mineiro diz que
os Estados terão agora que disputar emendas parlamentares
na Comissão do Orçamento para que os recursos voltem.
Se não forem colocadas
emendas corretas para o
ressarcimento, não
permitiremos o uso dos
créditos acumulados de
ICMS porque não
poderemos tirar da
educação e da saúde
SIMÃO CIRINEU
secretário da Fazenda de Minas Gerais
REFRIGERANTE
A Coca-Cola Brasil obteve
ganho de causa no Tribunal
de Justiça de SP em ação movida pelo MP-SP em 2003. O
órgão queria impor restrições à divulgação de produtos da marca e uso de rótulos
com alertas sobre risco à
saúde ligados à obesidade.
ATRASO
Está atrasado há mais de cem
dias o pagamento por parte do
Departamento de Estradas de
Rodagem a empresas de engenharia e construção pesada de
SP. O setor estima que o valor
ultrapassa os R$ 300 milhões.
O DER diz que os recursos estão em fase de liberação.
PÃO DE QUEIJO
Marcelo Domingos (à esq.), Paulo Caputo e outros cinco sócios da DLM, gestora de recursos de MG, abrem em outubro um escritório em SP; a meta é aumentar de R$ 100 milhões para R$ 500 milhões o patrimônio gerido até 2011 e iniciar a atuação no segmento de private equity
PASSO À FRENTE
O Banco Central aprovou ontem a aquisição de 50% do
Banco Votorantim pelo Banco do Brasil. Com a concretização da compra, R$ 45 bilhões passarão a ser contabilizados
nos ativos do Banco do Brasil. Aprovada a incorporação, amplia-se a liderança do banco público no ranking de bancos
brasileiros. Aos R$ 598,8 bilhões de ativos, registrados em
30 de junho passado, somam-se agora os R$ 45 bilhões que
estavam no Votorantim. Por determinação do BC, os ganhos
de eficiência resultantes da operação deverão ser repassados
aos clientes por meio de redução de tarifas bancárias.
CONFIANTE
Após queda brusca no fim de 2008, a confiança do consumidor na região metropolitana do Rio retomou tendência de
alta e já supera índices históricos, segundo a Fecomércio RJ.
O IEC (Índice de Expectativa do Consumidor) atingiu o melhor nível para um mês de agosto desde o início da série histórica, em 2000, com 114,92 pontos. A base de otimismo são
100 pontos. Para a entidade, retomada do crédito, emprego
formal e inflação controlada são razões para o resultado.
PARA ELES
A butique Le Paquet aumentou em 50% seu faturamento após focar no público masculino, depois de atuar
por 24 anos na venda de itens para mulheres. "Sentimos
uma falta de opções de presentes para homens na rua Oscar Freire", diz a sócia Paulete Eberhardt.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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