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Mercado Aberto
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Paulo Cunha deixa o comando executivo do grupo Ultra
Depois de 25 anos no cargo, o
engenheiro carioca Paulo Cunha, 66, irá deixar a presidência
executiva do grupo Ultra, a partir de janeiro de 2007. Será
substituído por Pedro Wongtschowski, diretor do grupo. Cunha permanecerá na presidência do conselho de administração. O anúncio oficial ao mercado da troca de guarda será
feito na próxima segunda-feira.
O nome de Paulo Cunha no
mundo dos negócios se confunde com a origem da petroquímica no Brasil. Engenheiro formado pela PUC do Rio, antes de
entrar no Ultra, ele trabalhou
na Petrobras na década de 60,
onde conheceu o ex-presidente
Ernesto Geisel, de quem se tornou um amigo próximo.
Cunha entrou no Ultra em
1967, a convite de Pery Igel, dono do grupo e também muito
próximo a Geisel. Sua missão
foi a de tocar os novos negócios
do grupo, entre eles os projetos
na área de petroquímica.
A Oxiteno, o braço na petroquímica do grupo, foi fundada
em 1969 por Cunha, sob o modelo tripartite, criado por Geisel para viabilizar investimentos no setor. Nesse tripé, o Estado entrava como sócio junto
com grupos estrangeiro e nacional. Tempos depois, o modelo implodiu e o grupo Ultra
comprou a participação dos sócios na Oxiteno.
A troca de guarda na presidência do Ultra, que já tinha sido decidida no início do ano, é
mais um passo no processo de
profissionalização do grupo
conduzido por Paulo Cunha.
De empresa familiar, da família
Igel, o Ultra se transformou numa companhia de controle
compartilhado entre os seus
executivos. Cunha, hoje, é um
dos seus principais acionistas.
Com faturamento de US$
800 milhões, a Oxiteno, uma
das maiores petroquímicas do
país, investe atualmente US$
350 milhões na modernização
de novas unidades. Além disso,
participa de projeto com a Petrobras de um investimento de
US$ 4 bilhões para a construção de uma refinaria no Rio.
Na nova função, Cunha pretende se dedicar à estratégia.
"Vou deixar o dia-a-dia para os
moços", diz. Seu sucessor, conhecido no grupo como Pedro
Wong, foi levado por Cunha em
1970, como estagiário.
Nos últimos anos, Cunha
tem sido um crítico permanente da política econômica conservadora do governo, desde a
época de Fernando Henrique
Cardoso. Um dos criadores do
Iedi, o empresário condena
principalmente o modelo adotado para a estabilização da
economia, baseado no binômio
juros altos e câmbio baixo.
Para Cunha, é esse modelo
que condena o país a ter taxas
medíocres de crescimento. "A
minha crítica principal é o modelo primitivo de estabilização
econômica do país", afirma. "O
Brasil cresce muito pouco, mas
nós [o grupo] queremos crescer
mais", afirma.
Farmaervas lança linha para homens até fim de 2007
A Farmaervas começou
a apostar suas fichas em
um mercado que tem, cada vez mais, "saído do armário": o de homens que
se preocupam com a aparência. Para atingi-los, começa a planejar a linha
Tracta Men, a ser lançada
até o fim de 2007. A idéia
foi impulsionada pelos resultados dos produtos femininos de tratamento facial e maquiagem, que
vêm crescendo cerca de
10% ao ano desde o lançamento, em 1998. Neste
ano, a Farmaervas já expandiu a linha, com o lançamento de cremes para o
corpo e mãos, também sob
a marca Tracta.
RESORT DE BONECA
Nos primeiros nove meses
do ano, os resorts da Blue
Tree Hotels hospedaram
mais de 23 mil crianças. Para
as férias, a rede terá novos
"kid's clubs" com boliche,
toboágua e minigolfe.
RELATÓRIO
O Ibmec SP vai sediar, segunda, a apresentação do relatório de investimentos
mundiais da Unctad. Neste
ano, o documento trata de
investimentos em economias em desenvolvimento.
REALISMO
Para a Abdib, a criação e
aprovação, no Congresso
Nacional, de um marco regulatório específico para o
setor de gás natural apenas
em 2007 é uma situação realista. Para a entidade, a melhor solução é unir os projetos de lei existentes em um
substitutivo em uma comissão mista. A intenção é estabelecer a comissão após o
processo eleitoral.
NO TRÂMITE
Atualmente, há dois projetos de lei em tramitação.
Na Câmara, a proposta do
deputado federal Luciano
Zica (PT-SP), e, no Senado, o
projeto proposto por Rodolpho Tourinho (PFL-BA).
SUSPENSE
A HP promete "um anúncio relevante para o mercado brasileiro". Na próxima
segunda, Rui da Costa, vice-presidente e diretor-geral da
empresa na América Latina
e Caribe estará no Brasil.
LANÇAMENTO
A abertura de capital das
empresas em Bolsa continua
em processo acelerado.
Amanhã, na Bovespa, será a
vez da Santos Brasil promover o lançamento de ações. A
emissão será de R$ 843 milhões, mas, segundo especula-se no mercado, a procura
foi seis vezes maior.
APLAUSO
Paulo Skaf (Fiesp) encaminhou carta para Guido
Mantega o cumprimentando pelo trabalho das autoridades fiscais para conter as
importações fraudulentas
de trigo da Argentina. No
texto, Skaf anexou carta encaminhada a ele por Francisco Samuel Hosken, da
Abitrigo, no mesmo sentido.
EM WALL STREET
Roger Agnelli (Vale) se
reúne segunda com analistas em Wall Street. Ele também vai tocar o sino de fechamento do pregão da Bolsa de Nova York.
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