São Paulo, terça-feira, 12 de novembro de 2002

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PREÇOS

Taxa da primeira prévia do mês é de 2,31%, a maior desde 1994, diz a FGV

Inflação pelo IGP-M bate recorde

DA SUCURSAL DO RIO

A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) continua em forte aceleração. Na primeira prévia deste mês, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) captou alta de 2,31%, contra 1,57% na primeira de outubro.
Foi a maior primeira prévia desde os 7,58% de agosto de 1994, fase de implantação do real, quando o índice ainda carregava resíduos do período hiperinflacionário.
Segundo Salomão Quadros, coordenador da equipe que calcula o índice, a alta, provocada basicamente pela desvalorização do real, começa a atingir intensamente o bolso do consumidor, deixando de ser um fenômeno restrito ao atacado. Os alimentos e os vestuários comandaram a subida dos preços no varejo.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que responde por 30% do IGP-M, registrou, na primeira prévia do mês, alta de 1,22%, contra 0,49% na primeira de outubro. Os alimentos subiram 2,19% (0,80% em outubro), com destaques para o pão francês (4,45%), o arroz branco (5,95%) e o açúcar refinado (12,16%).
A entrada das coleções de verão fez os preços dos vestuários (roupas, calçados e acessórios) passarem de queda de 0,64% para alta de 1,70%.
A gasolina subiu 2,45%, mas os dados divulgados ontem ainda não captam o aumento do preço do produto definido neste mês. É que a primeira prévia corresponde a dados coletados no período de 21 a 31 de outubro.
No atacado, a alta dos preços, medida pelo IPA (Índice de Preços por Atacado), foi de 2,94%, contra 2,17% na primeira prévia de outubro. O atacado responde por 60% do IGP-M.


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